A ex-primeira-dama do Estado, Roseli Barbosa deixou o prédio do Comando do Corpo de Bombeiros, no bairro Porto, em Cuiabá, por volta das 16h30min. Ela deixou o local escoltada por agentes do Setor de Operações Especiais (SOE), da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), e seguiu para o Fórum da Capital, onde terá audiência com a juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá.
Segundo o advogado Francisco Faiad que estava acompanhando a saída da prisão, Roseli Barbosa está muito abalada e nega veementemente a participação no esquema. Ele disse que ela repetiu diversas vezes “que injustiça, que injustiça”.
No Fórum da Capital, Roseli foi acompanhada do advogado Ulisses Rabaneda, segundo informou Faiad ao VG Notícias.
Na audiência, a magistrada vai comunicar à ex-secretária de Estado de Trabalho e Assistência Social, as condições que deverão ser observadas por ela enquanto estiver respondendo o peocesso em liberdade.
Atualiada em 18h30min - O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor de Justiça Marcos Bulhões, propôs medidas cautelares incluindo o uso de tornozeleira eletrônica a Roseli Barbosa, porém, a juíza dispensou o uso do equipamento. Conforme a magistrada, foi dispensada a colocação de tornozeleira eletrônica tendo em vista que a acusada não ostenta antecedentes criminais e que a colocação da tornozeleira por si só não impede eventual descumprimento das demais condições. "O monitoramento pessoal seria útil se houvesse notícia de que a ré tenta destruir provas ou coagir testemunhas, porém não há prova disso nos autos. Aliás, os fundamentos para a decretação da preventiva não foram estes”, diz.
Roseli Barbosa declarou que está residindo no edifício Lindenberg, localizado no Itaim Bibi, em São Paulo - SP. Contudo, a ex-primeira-dama terá que ficar em sua residência, em Cuiabá. “
Entenda- A ex-primeria-dama do Estado, Roseli Barbosa (PMDB), foi presa em 20 em agosto, em São Paulo, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na segunda fase da Operação Arqueiro, denominada “Ouro de Tolo”.
Investigações realizadas pelo Gaeco revelaram que 40% do valor desviado nas fraudes cometidas no âmbito da Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas) ficavam com Roseli Barbosa. Outros 36% eram devolvidos aos empresários envolvidos no esquema e 24% eram entregues a Nilson da Costa Faria e Rodrigo de Marchi.
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