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Política Sábado, 06 de Dezembro de 2014, 07:30 - A | A

Sábado, 06 de Dezembro de 2014, 07h:30 - A | A

Entrevista

Presidente do PT/VG apóia ação do Gaeco para combater a corrupção na Prefeitura de VG e defende extinção da verba indenizatória aprovada ao prefeito

“O partido concorda com a ação do GAECO, uma vez ser o órgão criado, exatamente, para cuidar dos direitos difusos da sociedade", diz petista

por Rojane Marta / VG Notícias

O presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT/VG), José Mendes – popular Zé Mendes -, em entrevista ao VG Notícias disse que apesar do PT fazer parte da base aliada do prefeito Walace Guimarães (PMDB) na Câmara municipal, e ter participado de seu arco de aliança na eleição vitoriosa de 2012, apóia a ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), para combater a corrupção na Prefeitura do município.

“O partido concorda com a ação do GAECO, uma vez ser o órgão criado, exatamente, para cuidar dos direitos difusos da sociedade, notadamente, quanto ao regular uso do dinheiro público. Cabe observar que o Ministério Público teve suas prerrogativas ampliadas a partir da CF/88” destacou.

Indagado, sobre o posicionamento do partido quanto aos gastos excessivos do prefeito com a contratação de pessoal, o que motivou o Tribunal de Contas do Estado (TCE/MT) a emitir parecer contrário a aprovação das contas de Walace relativas a 2013, Zé Mendes disse que infelizmente, ao invés de o prefeito tomar medidas mais coerentes para enxugar a máquina pública, ele tem dado preferência em exonerar servidores cujos DGAs não equivale a um salário mínimo, como exemplo citou os casos dos garis.

“Todavia, o que se vê são fatos como a demissão de garis e dos canoeiros que atuavam no distrito de Passagem da Conceição, que figuras históricas da nossa cidade sob o mesmo argumento de redução da folha de pagamento. Ora, é paradoxal falar-se em austeridade sendo que ainda em 2013 a Câmara Municipal aprovou verba indenizatória para o prefeito no valor de R$ 20 mil, para secretários R$ 5 mil, e para os vereadores R$ 10 mil de verba indenizatória, além de salário. Todos eles embolsam essa grana toda e não devolvem um centavo ao erário municipal” destacou.

Ele defendeu a extinção da verba indenizatória, além de extinção de algumas Secretarias do município para conter gastos. “Nesse sentido, salutar seria que fosse aprovada nova lei extinguindo essas verbas até como exemplo de austeridade. Cabe, também, destacar a necessidade de extinção de secretarias a exemplo a secretaria de assuntos econômicos e a de assuntos estratégicos além de fundir outras, pois com isso o município economizaria mais de R$ 400 mil mensais” enfatizou.

O petista lembrou ainda, que a Constituição Federal cita de forma expressa, os princípios que devem nortear uma administração pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade entre outros, fatos que segundo ele, não são cumpridos nesta administração.

“Nem tudo que é legal é moral, e sempre que colidir aquilo que é legal com a moralidade deve-se prevalecer à moralidade. Desse modo, o pagamento dessas verbas indenizatórias, no valor pago, ainda que legal, é IMORAL” declarou.

Miguel Baracat - Quanto ao pronunciamento do vereador Miguel Baracat (PT), indignado com o fim dos benefícios dados às imobiliárias localizadas em Várzea Grande, Mendes disse tratar de uma fala isolada uma vez que não foi discutida internamente no partido.

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