O presidente da Comissão de Ética do Senado Federal, senador por Mato Grosso, Jayme Campos (DEM), durante lançamento da candidatura à reeleição do presidente da Câmara de Várzea Grande, vereador Fábio Tardin, na noite dessa sexta-feira (1610), disse que é lamentável que a maioria da classe política brasileira se desmoraliza por si só.
“Não me recordo se foi ontem ou anteontem que vi um senador sendo preso com dinheiro na cueca, ele colocou na bunda e ainda cagou, sujou o dinheiro. Isso eu vi no Jornal Nacional”, declarou Jayme Campos sobre o dinheiro encontrado nas nádegas de seu colega de parlamento e de partido, senador Chico Rodrigues (DEM/RR), então vice-líder do Governo no Senado.
Chico Rodrigues foi alvo da operação da Polícia Federal (PF) na última quarta-feira (15.10), que apura o desvio de mais de R$ 20 milhões em emenda parlamentar - que deveriam ter sido destinadas ao combate ao coronavírus. O parlamentar tinha R$ 33 mil na cueca, descoberto após o delegado da PF, Wedson Cajé desconfiar que havia um grande volume, em formato retangular, na parte traseira das vestes do senador.
Segundo Jayme, como o povo pode acreditar em um cidadão que tem coragem, de além de "roubar o dinheiro do remédio e da merenda, ainda esconder o dinheiro na cueca e fazer cocô em cima". Ainda, segundo o democrata, o político não honra a procuração dada pelo povo. “Quando você vota, você dá uma procuração para o cidadão te representar, ou um cheque praticamente em branco e muitas vezes esse cidadão não honra e decepciona a confiança”.
Para o senador, esses motivos levaram uma grande parcela da população brasileira ficar de “saco cheio” com os políticos. “Na medida em que, os adjetivos que se aplicam aos políticos são de mentiroso, veiaco, sem vergonha, ladrão, às vezes viado, corno, etc, (sic) se ele [político] se não é, passa a ser, porque ele não honrou o voto dele com o cidadão”, finalizou o senador.
Outro lado - Ao ser questionado pelo oticias, sobre qual medida irá tomar, como presidente do Conselho de Ética do Senado em relação ao colega que foi flagrado com dinheiro escondido na cueca, o senador Jayme Campos disse que primeiro precisa receber a ‘denúncia ou representação’.
Jayme prometeu cobrar da assessoria do Senado se há algum procedimento contra o colega para depois saber que medida será tomada. “Não posso fazer juízo de valor até saber que tipo de conduta ele será denunciado ou representado. Mas vou agir de acordo com o Regimento do Senado e da Constituição, dando direito à ampla defesa e ao contraditório”, disse o senador.
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