O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT), Orlando Perri, determinou a soltura do empresário José Marilson da Silva, preso na “Operação Esdras”, por suposto envolvimento no esquema de grampos ilegais.
O empresário foi preso no último dia 27 juntamente com outras sete pessoas. A prisão foi deferida por decisão de Orlando Perri, apontando que Marilson tinha guardado o Sistema Sentinela – utilizado no esquema de grampos ilegais -, como também sendo responsável pelo desenvolvimento do sistema de grampos.
De acordo com o processo, o pedido de liberdade de Marilson foi requisitada pela delegada Ana Cristina Feldner, responsável pelas investigações do caso. Fedner apontou que o empresário estaria colaborando com as investigações e que a manutenção da sua prisão, para que o mesmo não atrapalhasse na apuração dos fatos, não se faz necessário.
O desembargador atendeu o pedido da delegada e deferiu a imediata soltura do empresário.
“Havia indícios suficientes de participação de José Marilson da Silva na organização criminosa, dado que, até aquele estágio das investigações eram fortíssimos os elementos de que o aludido investigado estivesse com o rack do Sistema Sentinela, tal conclusão modificou-se com seu seguro e convincente depoimento, não subsistindo, por ora, os motivos que autorizaram a decretação da prisão preventiva, máxime o pressuposto atinente ao periculum libertatis. ”, diz outro trecho da decisão.
Em sua decisão o magistrado determinou que José Marilson fica proibido de manter qualquer tipo de contato com testemunhas, réus ou com outros investigados do esquema de grampos; proibido de acessar ou frequentar órgãos públicos atuantes na área de inteligência; proibido de ausentar-se de Cuiabá e do País, devendo entregar seu passaporte e comunicar à autoridade judiciária eventual mudança de endereço.
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