Reprodução/Ilustração
Os grampos ilegais era a promessa de aposentadoria para a maioria dos envolvidos no esquema. Isso porque, os militares que participaram tanto no planejamento como na execução teriam recebido, de acordo com fonte do 
oticias, uma promessa de R$ 5 milhões para dividirem, se o silêncio sobre os fatos permanecesse.
A conversa teria acontecido logo após a matéria do fantástico, veiculada em maio de 2017, revelar o esquema. Na ocasião, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques teria encarregado o coronel, na época, secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira, de negociar com os demais militares para que todos permanecessem calados, sem mencionar de onde vieram às ordens para os grampos ilegais.
“Paulo que é advogado de renome no Estado, conhecedor das leis, já sabia que o caso iria ganhar repercussão e as prisões seriam apenas uma questão de tempo”, revelou a fonte.
Ainda segundo a fonte, logo que vieram as prisões, inclusive a dele, quem teria ficado como o mentor das negociações seria o ex-governador Pedro Taques (PSDB), que pediu pessoalmente para Siqueira visitar os presos e reforçar a proposta.
Outra pessoa que a fonte cita como “mula” do governador para reforçar a proposta é a ex-primeira-dama do Estado, e ex-esposa de Taques, Samira Martins. Ela teria ido pessoalmente visitar o cabo Gerson Corrêa enquanto ele estava preso, e segundo a fonte, sua visita teve como objetivo garantir que ele ficasse calado porque o dinheiro seria pago logo depois que a “fumaça” abaixasse.
No entanto, os meses foram passando, Paulo Taques que havia sido preso conquistou a liberdade, mas Gerson, os coronéis Zaqueu Barbosa e Evandro Lesco ficaram presos por um longo tempo. “Como ninguém mais os visitou, ninguém mais os procurou para falar da proposta e ninguém mais atendeu nenhuma das pessoas ligadas deles, os militares resolveram abrir a boca e detalhar todo esquema, que era financiado por Paulo Taques com aval do ex-governador”, confidenciou a fonte do oticias, reforçando que por isso os militares decidiram pedir novos depoimentos.
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