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Política Sábado, 26 de Dezembro de 2015, 13:58 - A | A

Sábado, 26 de Dezembro de 2015, 13h:58 - A | A

Retrospectiva 2015

Final político melancólico: Acusado de desviar mais de R$ 80 milhões da AL, Riva foi preso por três vezes em 2015

O ex-presidente da Assembleia Legislativa entrou e saiu por diversas vezes da prisão durante este ano

Lucione Nazareth/VG Notícias

2015 não foi um “bom” ano para o ex-deputado estadual, de cinco mandatos consecutivos, José Geraldo Riva (sem partido). O ex-presidente da Assembleia Legislativa entrou e saiu por diversas vezes da prisão durante este ano.

A primeira prisão do ex-parlamentar ocorreu em 21 de fevereiro, durante a operação “Imperador”, desencadeada pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O mandado de prisão foi decretado pela juíza Selma Rosane dos Santos Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá.

Riva foi acusado pelo Ministério Público (MPE) de ter liderado quadrilha que desviou R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de falsas aquisições envolvendo cinco empresas do ramo de papelaria, todas de “fachada”. O Gaeco apurou nas investigações que em 1 ano as empresas venderam mais de 30 mil toners à Assembleia, que, à época dos fatos, contava com apenas 150 impressoras.

O ex-deputado ficou preso por 124 dias no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), e foi solto no dia 24 de junho por meio de uma decisão colegiada do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao ser liberado em Cuiabá pela juíza da Sétima Vara Criminal, Riva teve de se submeter a medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, para ser monitorado.

Na época, a juíza Selma Rosane expediu ofícios à superintendência da Polícia Federal e às embaixadas no Brasil de quatro países – Venezuela, Uruguai, Paraguai e Argentina – informando-as sobre a proibição do ex-parlamentar para deixar o país.

No entanto, uma semana depois de ser solto, o ex-presidente da AL/MT teve o segundo pedido de prisão decretado, no dia 01 de julho, durante a operação “Ventríloquo”, sob a acusação de desviar R$ 10 milhões dos cofres da AL/MT. Riva foi apontado como “chefe” do esquema de fraudes, que teriam ocorrido entre os anos de 2012 e 2014 na Assembleia Legislativa.

O ex-presidente da Assembleia passou menos de 24 horas na cadeia e acabou sendo solto após conseguir a revogação de sua prisão novamente junto ao STF, dessa vez o pedido de liberdade foi concedido pelo ministro Gilmar Mendes.

Pouco mais de três meses de deixar a prisão, o ex-deputado foi preso pela terceira vez, em 13 de outubro, durante a 2ª fase da operação “Metástase”, que apura desvio de dinheiro dos cofres da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) por meio da extinta verba de suprimentos. De acordo com o Gaeco, responsável pela operação, Riva seria o “chefe” do esquema de desvio de verba de suprimentos do Legislativo que totaliza até R$ 10 milhões.

Conforme o órgão, o dinheiro desviado servia para o pagamento de despesas pessoais do ex-deputado como o combustível de sua aeronave particular, pagamento de honorários advocatícios, entre outros. Além disso, o ex-deputado teria usado parte do montante para o pagamento de um “mensalinho” para políticos e lideranças políticas do interior do Estado. A distribuição de “mimos”, como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas também faziam parte da lista.

O ex-presidente da AL/MT foi detido e levado para o Centro de Custódia de Cuiabá, onde permanece preso até a data de hoje.  

Segundo a Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Riva é réu em 27 processos criminais e em uma centena de ações por improbidade administrativa, de forma que responde por 127 processos na Justiça. 

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