13 de Maio de 2024
13 de Maio de 2024
 
menu

Editorias

icon-weather
lupa
fechar
logo

Política Terça-feira, 20 de Agosto de 2019, 09:00 - A | A

Terça-feira, 20 de Agosto de 2019, 09h:00 - A | A

grampos ilegais

Ex-secretário “infiltrou” servidor no grupo de investigação da PJC para “tumultuar processos"

Larissa Malheiros/VG Notícias

Rogers Jarbas

 Delegado Rogers Jarbas

O ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, réu no processo dos grampos ilegais, no inquérito que desencadeou a Operação Esdras, teria “infiltrado” uma servidora na Gerência de Combate ao Crime Organizado - GCCO, local em que todos os policiais nomeados para autuação no caso estavam lotados em 2017. 

A suspeita é que a servidora D.A.B era uma espécie de ‘espiã” de Jarbas, e tinha a missão de conhecer todos os passos das investigações, no caso, antecipadamente, para que o ex-secretário pudesse “tumultuar o processo dos grampos”, é o que revelou o relatório das primeiras investigações da Polícia Civil. A época, as investigações da grampolândia estavam em uma sala cedida na GCCO.

“Ocorre que no dia 23 de agosto p.p., misteriosamente ao alvedrio do Delegado Geral, uma servidora da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, sem ser desligada da mesma, passou exercer suas funções dentro da GCCO, podendo assim ter total acesso às pessoas que ali adentravam para serem ouvidas ou mesmo entrevistadas por esta autoridade policial”, descreveu relatório.

A investigação também apontou que o fato de Jarbas destinar a servidora que era da Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, para o setor sem apreciação da Diretoria da Polícia Civil, demonstra que houve arbitrariedade. “Tal fato, mais uma vez, como todos os demais praticados pelo Dr. Rogers Jarbas, foi feito de forma arbitrária contundente, sem ter respeitado as regras da hierarquia, vez que foi encaminhada diretamente para unidade policial, sem apresentação para apreciação de qualquer um dos diretores da Polícia judiciária Civil”, destacou outro trecho do texto.

Além disso, a investigação pontuou que o suspeito Rogers apresentou em interrogatório ter conhecimento que esses atos administrativos devem ser realizados tramitando primeiramente na Diretoria Geral, bem como que Secretaria Adjunta de Inteligência está diretamente ligada sua função.

“.. esclareceu que SAI (Secretaria Adjunta de Inteligência) diretamente ligada ao Secretário de Segurança Pública... que indagado acerca do procedimento adotado pelo interrogando relacionado transferência cessão de servidores da S£SP, respondeu que todos os atos são enviados Diretoria de cada Instituição, ora solicitando para manifestar respeito de eventual demanda, ora solicitando indicação de algum profissional, que ressalta que não há nenhum ato/cessão realizado de forma direta com profissional da ponta, que sempre cumpre com previsto no Decreto nO 502/201 I, que prevê no seu artigo que os atos do Secretario deverão ser diretamente com os dirigentes de cada Instituição”, disse em depoimento.

Ao analisar o ofício de encaminhamento da servidora D.A.B os investigadores identificaram que foi encaminhado diretamente para delegado de Polícia titular da GCCO, descumprindo suas atribuições legais, ou seja, a Diretoria Geral não teve nenhum conhecimento.

“Reforçando essa intenção do Dr. Rogers Jarbas de causar embaraço às investigações, além de ter disponibilizado, por meio do Dr. Gustavo Garcia, uma servidora para atuar no Núcleo de Inteligência da GCCO, local onde as investigações da Grampolândia Pantaneira”.

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760