A vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), afirmou nesta segunda-feira (21.08), em entrevista coletiva, que o procedimento disciplinar que poderia resultar em sua cassação na Câmara Municipal foi uma forma de lideranças políticas, sem citar nomes, tentarem atrapalhar o projeto do Partido dos Trabalhadores em lançar candidato à Prefeitura da Capital nas eleições de 2024.
“Nós temos aí o candidato do PT apontando como segundo colocado nas pesquisas e para muita gente interessa atacar o PT, destruir uma liderança do partido e a única que tem em Cuiabá na Câmara dos Vereadores. Eu acho que está relacionado no pleito do ano que vem sim. Não tem nada de pessoal”, declarou Edna.
A parlamentar disse que em nenhum momento o processo na Comissão de Ética e Decoro da Casa de Leis esteve ligado à questão pessoal envolvendo outro vereador, chegando a destacar que tem boa relação com o relator do caso, vereador Kássio Coelho (Patriota).
“Como eu disse eu tenho problema pessoal com ninguém, inclusive tenho boa relação com membros da Comissão. A questão é política, mas ela não pode ser feita a qualquer preço. Não pode a política ser o motivo da violência política contra as mulheres”, disse Sampaio.
Sobre a decisão judicial que suspendeu procedimento disciplinar, a petista desabafou que sentiu aliviada quando tomou conhecimento, e que espera que a decisão seja mantida – encerrando assim de forma definitiva o processo na Casa de Leis.
“Não espero nada [da Comissão]. Espero que a justiça dê um fim nisso, só isso. [...] Eu me sinto como alguém que estava sendo espremida muito. Passou um trator por cima de mim, mas agora estou conseguindo respirar. Eu não estava conseguindo respirar. Era uma situação absurda que estava acontecendo passar por uma situação como essa. Me sinto aliviada neste momento”.
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Ao final, a vereadora voltou a defender a transparência e a implantação do sistema de prestação de contas em relação a verba indenizatória dos vereadores e dos chefes de gabinetes, e que sofreu violência política por ser mulher.
“Querem me impedir livre e nomeação do meu chefe de gabinete. Todos os vereadores podem menos eu! Querem impedir que eu faça gestão da verba indenizatória, mesmo eu podendo provar onde ela foi gasta. É isso mesmo que vamos ser! Vamos ser uma sociedade da violência contra as mulheres. Elas não vão poder entrar na política se forem de esquerda, se elas forem do PT, do PSOL. Elas são sempre atacadas. Vão estar sempre criando versão da realidade das coisas conduzindo uma narrativa mentirosa para criminalizar vereadores e vereadoras que sejam dá esquerda”, finalizou.
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