O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), comentou, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (14.05), que a demolição iminente de uma estrutura do Complexo Leblon deve atrasar em três meses a conclusão das obras. Russi classificou a situação como “mais um transtorno que a população cuiabana vai sofrer”.
Ele acrescentou que "refazer uma obra que já foi paga é sempre muito ruim. Mas, se chegou a esse ponto, deve estar gerando risco para quem passa por ali ou mora perto. Então, tem que ser tomada providência rápido, mas é mais um transtorno que a população cuiabana vai sofrer", opinou Russi.
Durante a entrevista, o presidente da ALMT também informou que a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) já havia realizado um levantamento sobre as obras executadas pelo antigo Consórcio VLT e, por essa razão, não solicitou novo diagnóstico técnico aprofundado.
Por outro lado, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) criticou a atuação da Sinfra-MT e cobrou ações imediatas por parte da secretaria. "Eu quero que a Sinfra aja, trabalhe e faça. É uma reivindicação antiga dos moradores da região, uma necessidade. É falar menos e trabalhar. Não há nada que a engenharia não resolva", afirmou.
Inicialmente, a previsão de entrega da obra era de 30 dias. Com a necessidade de demolição, o novo prazo estimado passa a ser de quatro meses.
Entenda o caso – Complexo Leblon
Segundo informações da Secretaria de Comunicação do Estado (Secom-MT), divulgadas na manhã de terça-feira (13), a Sinfra-MT informou que a estrutura existente, que seria utilizada para a construção de uma passagem de nível elevado na Rua Desembargador Trigo de Loureiro, sob a Avenida Miguel Sutil, terá que ser completamente demolida.
A decisão foi tomada após identificação de falhas estruturais que comprometem a segurança da obra.
A passagem de nível foi construída em 2014 pelo Consórcio VLT, como uma das obras da Copa do Mundo. À época, foi considerada apta para uso e incluída no projeto do Complexo Viário do Leblon. No entanto, com o avanço das escavações, o próprio consórcio enviou um ofício à Sinfra-MT alertando que os trabalhos poderiam comprometer a segurança da pista.
O documento indicava a necessidade de readequação e reforço da estrutura, caso fosse reaproveitada. A Sinfra-MT então realizou estudos técnicos que constataram diversos problemas decorrentes da má execução da obra.
Entre as falhas encontradas, destacou que a estrutura não suporta o peso dos veículos, apresentando rachaduras e instabilidade. A sustentação, hoje, depende do apoio direto ao solo.
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