O deputado estadual Gilberto Cattani (PL), em entrevista nesta quarta (27.11), defendeu que presos arquem com os custos de sua manutenção no sistema prisional, chegando a sugerir que suas famílias também sejam cobradas. “Se o preso está dando despesas para o Estado, que ele ou a família dele pague. Se não tiver dinheiro, que pague com trabalho. Sou favorável que o preso cumpra sua pena e trabalhe para custear sua estadia”, disparou.
Cattani ainda criticou a suposta falta de autonomia policial e atacou o que chamou de "leis brandas". “Hoje, um policial prende um meliante, e o bandido sai pela porta da frente. Enquanto isso, o policial pode acabar detido porque o criminoso o acusa de agressão. Isso é um absurdo. Precisamos deixar nossos policiais trabalharem de verdade”, afirmou.
Hoje, um policial prende um meliante, e o bandido sai pela porta da frente"
Programa tardio, mas elogiado
Questionado sobre o momento do lançamento do “Programa Tolerância Zero ao Crime Organizado” pelo governador Mauro Mendes, após seis anos de gestão, Cattani foi enfático: “Podia ter sido feito antes? Podia. Não foi feito, beleza, está fazendo agora. Parabéns”. O deputado ressaltou que o crescimento do crime organizado no Estado exigia ações mais contundentes.
Apesar do tom de apoio ao programa, o parlamentar usou suas falas para alfinetar a lentidão no combate à criminalidade e reforçar sua posição em defesa de medidas mais rígidas contra criminosos. “Precisamos de ferramentas para combater essa moléstia que é o crime no estado. O que puder ser feito para punir bandidos e proteger as vítimas tem que ser feito, sem demora”, disse.
Cattani também abordou a relação entre o aumento da população carcerária e os custos para o Estado. O parlamentar defendeu que a solução passa por um modelo onde o preso “pague por sua estadia” e enfatizou que criminosos não deveriam ser “carga” para o contribuinte. “Se ninguém gosta dele, então ele que trabalhe e se sustente na cadeia”, provocou.
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