14 de Maio de 2025
14 de Maio de 2025

Editorias

icon-weather
14 de Maio de 2025
lupa
fechar
logo

Política Quarta-feira, 17 de Agosto de 2016, 14:06 - A | A

Quarta-feira, 17 de Agosto de 2016, 14h:06 - A | A

Operação Sodoma

Delatores depõem sobre cobrança de propina na gestão Silval

Lucione Nazareth/VG Notícias

VG Notícias

Selma

juíza Selma Rosane Santos Arruda

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, está ouvindo nesse momento o depoimento dos dois delatores do suposta esquema de cobrança de propina e lavagem de dinheiro instalado no governo do Estado, durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).

Estão sendo ouvidos os empresários Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum e João Batista Rosa, dono do Grupo Tractor Parts.

Os delatores firmaram acordo de delação premiada junto ao Ministério Público Estadual (MPE) e confessaram que pagaram propina ao esquema. Mischur teria pago cerca de R$ 17,5 milhões em propina, e João Rosa R$ 2,5 milhões.

Depoimentos – O primeiro a prestar depoimento é Mischur. O empresário disse que em 2011 Silval Barbosa precisava levantar dinheiro para custear campanha eleitoral, e o então o secretário César Zílio teria exigido dele o pagamento de propina se não o contrato de sua empresa seria rompido.

A propina cobrada, segundo ele, foi de R$ 700 mil, mas que depois dele reclamar do valor “alto”, o montante ficou em R$ 500 mil. Ele explicou que foi exigido a entrega de cheques em valores pequenos, e que os pagamentos eram realizados na Secretaria de Administração e na sede de sua empresa.

Conforme em uma das visitas que realizou ao Palácio Paiaguás, Silval teria dito a ele que a propina deveria ser paga ao secretario-adjunto de Administração, Pedro Elias Domingos, e não mais a Zilio, já que segundo o governador, César não estava sendo leal mais com o grupo.

O empresário revelou que após isso ele teria repassado R$ 600 mil a Pedro Elias. Tempo depois o empresário garantiu que foi informado que seu contrato pertencia ao ex-deputado José Riva, devido a uma dívida do governador com o ex-parlamentar.

O delator afirma que tem medo de Silval, do ex-chefe de gabinete dele, Sílvio Corrêa e do ex-secretário-adjunto na SAD, coronel da Polícia Militar José de Jesus Nunes Cordeiro. “Tenho medo de todo mundo”, disse o empresário ao revelar que em determinado momento começou a blindar todos os seus carros.

O empresário diz que foi pressionado por César Zílio para assinar os dois contratos da compra do terreno de R$ 13 milhões adquirido pelo ex-gestor na avenida Beira Rio em Cuiabá.

Empresário afirma que não lesou os cofres do Estado, não realizou fraudes fiscais e nem direcionou qualquer licitação lançada na gestão Silval Barbosa em benefício próprio.

Sobre a quantia de R$ 1.270.000,00 milhão, e mais cédulas de euros encontrados em sua casa no dia de sua prisão, o delator explicou que costuma guardar dinheiro na sua residência, e que quantia seria usada para realização do aniversário de sua filha e também a levar para os Estados Unidos. Mais informações em instantes.

Siga a página do VGNotícias no Facebook e fique atualizado sobre as notícias em primeira mão (CLIQUE AQUI).

Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).   

RUA CARLOS CASTILHO, Nº 50 - SALA 01 - JD. IMPERADOR
CEP: 78125-760 - Várzea Grande / MT

(65) 3029-5760
(65) 99957-5760