Os delegados da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), em depoimento nessa segunda-feira (22.08), disseram que as investigações da operação “Edição Extra” devem apontar os nomes das outras três gráficas que teriam participado dos crimes contra o patrimônio público em conjunto com o ex-prefeito de Várzea Grande, Walace Guimarães (PMDB), relacionados à operação Sodoma.
Walace é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de ter repassado em 2012, em conjunto com os empresários Antônio Roni, proprietário da Editora de Liz, e de Evandro Gustavo, dono da Intergraf, o montante de R$ 2 milhões para o grupo político do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O valor segundo o MP seria para que Silval ajudasse na arrecadação de recurso e pagamento de material gráfico visando à campanha eleitoral de 2012.
Segundo a denúncia, baseada na delação premiada do ex-secretário de Estado de Administração, Cesar Zílio, cinco gráficas teriam participado do esquema, mas até o momento somente as gráficas dos empresários Antônio Roni e Evandro Gustavo foram rastreadas como participante do esquema.
O delegados Lindomar Aparecido Tófoli e Alexandra Fachone, ambos da Defaz, disseram em depoimento à juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá), que as empresas serão identificadas na operação “Edição Extra”, que investiga irregularidades no pregão do governo do Estado, realizado em 2011, para aquisição de material gráfico.
“Teremos esses nomes no final das investigações da operação Edição Extra. Iremos descobrir o nome das gráficas que também participaram do esquema”, disse a delegada Alexandra.
Segundo ela, as investigações continuam e devem apontar todo o esquema. “Temos apenas o depoimento do ex-secretário Cesar Zílio, mas estamos investigando para descobrir a origem do esquema e para que o dinheiro repassado foi usado”, declarou ao citar que os pagamentos realizados no valor de R$ 2 milhões foram repassados ao grupo do peemedebista em 17 de outubro de 2012, dias depois das eleições daquele ano que elegeu Walace como prefeito de Várzea Grande.
Conforme ela, a quebra do sigilo bancário do ex-gestor e dos empresários pode apontar qual foi à destinação final do dinheiro. “Estamos esperando esses dados para esclarecermos isso”, destacou.
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