Um fardo de R$ 1,7 trilhão por ano. É esse o peso que o chamado "custo Brasil" impõe às empresas nacionais, sufocando a indústria, travando investimentos e limitando a criação de empregos. O alerta foi feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), durante evento em Campina Grande, na sexta-feira (06.06).
"É um peso que sufoca nossa indústria, inibe investimentos, limita a geração de empregos e compromete o bem-estar da população", disparou Motta diante de representantes do setor industrial reunidos no "Diálogo Sobre a Competitividade, Combate ao Custo Brasil".
O parlamentar paraibano não poupou críticas ao cenário atual, mas garantiu que a Câmara tem trabalhado para reverter esse quadro. "Podemos e vamos reduzir significativamente o peso do custo Brasil, liberar o potencial empreendedor do nosso povo e fortalecer a posição do Brasil como protagonista na economia global", declarou com convicção.
Para enfrentar o problema, Motta listou as principais armas aprovadas pelo Congresso. No topo da lista está a regulamentação da reforma tributária, aprovada em 2024, e a reformulação da Lei de Concessões Públicas (PL 7063/17).
"Estejam certos que a Câmara tem sido protagonista de um arcabouço legal que atraia capital e garanta a modernização necessária para a produção e a eficiência dos serviços", enfatizou.
O presidente deixou claro: superar o custo Brasil virou agenda prioritária e suprapartidária, essencial para destravar o desenvolvimento nacional.
Governo acelera processos
Quem também entrou na batalha foi o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin. Ele destacou ações concretas do governo federal, como a redução do prazo para registro de patentes – que despencou de sete para três anos e deve chegar ao padrão internacional de dois anos em 2026.
A estratégia não para por aí. O Movimento Brasil Competitivo já mapeou nada menos que 42 projetos capazes de reduzir o custo Brasil, mostrando que existe munição suficiente para esta guerra contra a burocracia e a ineficiência.
União de forças
O encontro na capital paraibana reuniu pesados do setor: Federação da Indústria do Estado da Paraíba (FIEPB), Associação Nordeste Forte e Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos alinhados numa missão: fazer o Brasil mais competitivo e menos burocrático.
A mensagem que fica é clara: chegou a hora de o Brasil mostrar do que é capaz quando desamarra as próprias pernas.
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