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Política Quarta-feira, 27 de Setembro de 2017, 11:04 - A | A

Quarta-feira, 27 de Setembro de 2017, 11h:04 - A | A

INVESTIGAÇÃO

“Agora não, agora o Ministério Público é nosso aliado”, diz coronel sobre grampos ilegais

Izabella Araújo/VG Notícias

Reprodução

Lesco

 

“Agora não, agora o Ministério Público é nosso aliado”, a fala do coronel da Polícia Militar, Evandro Lesco afirma que um membro do alto escalão do Ministério Público é "aliado" do grupo investigado no esquema da "grampolândia pantaneira". 

O trecho da gravação consta da decisão do desembargador Orlando Perri, que determinou a operação Esdra, deflagrada nesta quarta-feira (27.09), e que cumpre nove mandados de prisão e 15 de busca e apreensão, em Cuiabá e Várzea Grande.

De acordo com a investigação, “o mais aterrorizante na declaração prestada pela testemunha, tenente Coronel PM José Henrique Costa Soares, é a afirmação de que um promotor de Justiça foi designado para “ajudar na blindagem do grupo”, que seria, inclusive, “de confiança do grupo”, diz trecho.

Desgravação feita pelos investigadores de polícia:

Ten.-Cel. Soares: Hein Lesco? É ainda bem que tem o Ministério Público do nosso lado, por que, porra, se não tivesse, tava fodido né [risadas].
Cel. Lesco: ... coisa grande.
Ten.-Cel. Soares: Aí tava pior ainda né.
Cel. Lesco: [nome do promotor] enfrentou só que é um contra trinta é foda né, ele falando sozinho.
Ten.-Cel. Soares: É uma desleal
Cel. Lesco: Desleal, desleal...
Ten.-Cel. Soares: É uma briga desleal.
Cel. Lesco: E é bom que o [nome de procurador de justiça] já comprou a briga de novo né.
Ten.-Cel. Soares: Ham, ham.
[...]
Ten.-Cel. Soares: Hum, deixa eu te falar, dessa época aí meu irmão eu bati de frente com o Ministério Público. Assim, eu falei: “cadê oh”, fala que houve enriquecimento ilícito, tudo bem, mas cadê?
Cel. Lesco: Agora não, agora o Ministério Público é nosso aliado”.

Ainda conforme a investigação, “é um próprio integrante da provável organização criminosa quem anunciou a adesão de membros do Ministério Público na sesquipedal deslealdade contra um integrante do Tribunal do Justiça, voltada a descartar-me da frente das investigações envolvendo as escutas telefônicas clandestinas no Estado de Mato Grosso”.

“E não seria qualquer membro do Ministério Público, a quem pudesse apresentar a febricitante e façanhosa assacadilha. Tratava-se, segundo o confessante, de um membro que representava um grupo do Ministério Público interessado no meu afastamento dos processos", diz Perri. 

“A denúncia é muito grave”, classifica o desembargador. 

 

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