O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que a falta de medicamentos nas unidades de saúde da Capital foi causada por dificuldades com empresas fornecedoras, que estariam se recusando a entregar novos lotes antes do pagamento de dívidas deixadas por gestões anteriores.
Segundo ele, algumas distribuidoras venceram licitações recentes, mas condicionaram as entregas ao acerto de valores de 2022, 2023 e 2024. “Elas diziam que só entregariam se pagássemos o passado, mesmo com contratos novos. Infelizmente é uma prática dentro deste setor com a qual teremos que combater e lutando com eles”, declarou em entrevista à imprensa na segunda-feira (23.06).
Diante da situação, o prefeito informou que elaborou um plano de pagamento parcelado dessas dívidas e também realizou compras emergenciais para atender a demanda mais urgente. “Os medicamentos já estão chegando e as unidades estão sendo reabastecidas”, garantiu Abilio.
Ministério Público cobrou explicações
Na semana passada, o Ministério Público Estadual (MPE) cobrou providências do município sobre a falta de insumos e remédios básicos em policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A cobrança veio após denúncias de pacientes que não conseguiram retirar medicamentos, nem mesmo em casos de urgência.
Abilio afirmou que a gestão está comprometida em resolver o problema e evitar novos desabastecimentos. “A população não pode ficar refém de brigas contratuais ou dívidas do passado. Já estamos corrigindo isso”, disse.
A expectativa da Prefeitura é de que o estoque das unidades seja totalmente normalizado nos próximos dias. Ainda segundo o gestor, o município também trabalha para ampliar a oferta de exames e tratamentos nas unidades da capital, com a instalação de novos equipamentos e reforço de profissionais.
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