Suspeito de matar ex-jogador de vôlei alegou que disparo foi acidental e fala em extorsão, diz delegado

O empresário ainda teria alegado comportamento estranho por parte da vítima

Nicolle Ribeiro & Angelica Gomes/VGN

VG Notícias

Suspeito de matar ex-jogador de vôlei alegou que disparo foi acidental e fala em extorsão, diz delegado.

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Suspeito de matar ex-jogador de vôlei alegou que disparo foi acidental e fala em extorsão, diz delegado.

O delegado Caio Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista ao na manhã desta segunda-feira (14.07) que o empresário Idirley Alves Pacheco, de 40 anos, suspeito de matar o ex-jogador da Seleção Brasileira de Vôlei Everton Pereira Fagundes da Conceição – conhecido como Boi, de 46 anos – alegou, preliminarmente, que o disparo que matou a vítima não foi intencional.

Segundo o delegado, Idirley foi ouvido após se entregar à Polícia Civil e confirmou que o disparo realmente ocorreu, mas disse que aconteceu de forma não intencional. Além disso, ele teria indicado uma possível motivação por conta de uma suposta extorsão.

“Ele comentou que houve esse disparo, mas que não teria sido intencional, e que por trás disso há uma motivação relacionada à extorsão. Ainda não sabemos por parte de quem e nem em que consiste essa extorsão”, afirmou Caio Albuquerque.

Apesar da alegação inicial do suspeito, o delegado destacou que há, sim, indícios de motivação passional. A ex-mulher de Idirley já havia registrado uma medida protetiva contra ele por comportamento possessivo, em um contexto de violência doméstica.

“Não podemos descartar a motivação passional. Essa foi a versão dele. Mas há um contexto claro de conotação passional”, reforçou.

Sobre a dinâmica do assassinato, o delegado relatou que o empresário afirmou ter descido do carro para deixar alguns pertences na caminhonete em que estava sua ex-esposa e, ao retornar, teria percebido um comportamento estranho por parte de Everton.

No entanto, Caio Albuquerque explicou que a ex-esposa de Idirley já prestou depoimento e afirmou que o empresário retornou armado para a caminhonete onde a vítima estava, contrariando a versão apresentada por ele.

“As versões são contraditórias. Por óbvio, vamos analisar todos os elementos, inclusive as imagens já colhidas, para entender o real motivo e a dinâmica do crime”, destacou o delegado.

Ainda conforme Caio Albuquerque, o suspeito não possui porte de arma e já tem registros anteriores por ameaça.

Everton Boi foi executado com três tiros próximo de um posto de combustível, em Cuiabá, na última quinta-feira (10). O caso segue sendo investigado como homicídio doloso qualificado.