Um professor de 38 anos foi preso na madrugada deste sábado (02.08) após invadir o quartel da Polícia Militar em Nova Marilândia, a 265 km de Cuiabá, e ameaçar o comandante da unidade, um sargento de 46 anos. Ele foi autuado por desacato, ameaça, desobediência e resistência.
De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 23h30 dessa sexta (1º) o comandante prestava apoio em uma ocorrência de tentativa de roubo quando o professor chegou ao local em um carro preto, subindo com o veículo na calçada do quartel. Visivelmente alterado, o suspeito se dirigiu diretamente ao comandante, gritando e acusando-o de perseguir sua esposa. Ele afirmou, em tom ameaçador, que "isso não vai ficar assim".
Convidado a ir até uma sala lateral para conversar, o professor continuou exaltado, acusando o militar de ter produzido uma matéria difamatória sobre sua esposa, que é diretora de uma escola do município.
Durante a discussão, o suspeito proferiu ofensas como “covarde”, “você dá uma de machão” e “vou te ferrar”, além de afirmar que o comandante “se achava por usar farda”.
Diante dos fatos, o policial deu voz de prisão por desacato e ameaça. O professor tentou empurrar o comandante, iniciando uma luta corporal, mas foi imobilizado até a chegada de outro policial, que auxiliou na contenção e efetuou a algema. Mesmo contido, ele continuou xingando e ameaçando o sargento, dizendo: “vai perder a farda” e “você tá ferrado”.
Ao ser colocado na viatura, o homem ainda gritou: “sem vergonha, machão, sargento covarde, vou chamar a imprensa por abuso de autoridade”.
Mais tarde, o comandante soube que o episódio pode ter sido motivado por uma matéria jornalística sobre um caso de bullying em uma escola local. Ele participou da mediação do conflito, mas negou qualquer relação com a publicação da reportagem. A esposa do suspeito teria se sentido constrangida com a repercussão da matéria.
Durante o registro da ocorrência, o policial e a esposa do suspeito foram até a viatura para esclarecer os motivos da atitude agressiva. Na presença dela, o homem alegou que o sargento teria dito “coisas pesadas” para ela. A mulher negou a acusação, afirmando estar apenas triste pela matéria e que não sabia quem a publicou.
A versão contraditória reforçou, segundo a PM, que as acusações contra o comandante eram infundadas e que a reação do suspeito foi baseada em interpretação distorcida dos fatos.
Antes de ir ao quartel, o homem teria tentado localizar o sargento em sua casa, mas não o encontrou.
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