O policial da Rotam, identificado apenas W, afirmou em depoimento na manhã desta quarta-feira (11.04) que atirou contra o empresário Rafael Henrique Santi com a intenção de “preservar sua vida e de terceiros” que estavam no baile funk ocorrido na noite do último domingo (08.04) na Chácara das Poderosas, localizada no bairro Engordador, em Várzea Grande.
Na ocasião, Rafael Henrique Santi foi baleado no evento, chegou a ser socorrido e encaminhado ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, porém, não resistiu e veio a óbito.
Em entrevista ao oticias o advogado Ricardo Monteiro, que realiza a defesa do policial da Rotam, o militar se apresentou na manhã de hoje na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e contou que estava no baile funk quando escutou barulhos de tiros no local, e que ao se virar avistou Rafael Henrique com uma arma de fogo efetuado os disparos.
“Ele disse que estava conversando com uma pessoa a dois metros do empresário. Ele estava de costa, e ao vira-se avistou o homem atirando. O meu cliente contou que se identificou como policial e pediu para que o empresário deixasse a arma. Neste momento, segundo o policial, o empresário apontou a arma na direção dele, foi a hora que meu cliente atirou contra ele”, disse o advogado narrando ao oticias a versão do policial sobre os fatos.
Segundo Monteiro, o policial negou que estava fazendo “bico” de segurança na festa e que ele teria só atirado com a intenção de “preservar sua vida e de terceiros” que estavam curtindo o baile funk.
“Meu cliente estava na festa como cidadão, como frequentador do evento. Não estava como segurança. E sobre o disparo, ele disse a autoridade policial que efetuou apenas com objetivo de preservar sua vida e de terceiros que estavam na festa. Pessoas inocentes poderiam ter sido atingidos já que o empresário efetuou vários disparos no local”, declarou o advogado, afirmando que testemunhas confirmaram que Rafael Henrique efetuou vários disparos no local antes de ser baleado pelo militar.
Além disso, o advogado afirmou que no dia do caso, o policial acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) como também a Polícia Militar para atender a ocorrência, e que na manhã de segunda-feira (09.04), o militar informou a DHPP que tinha sido ele que atirou em Rafael Henrique.
“A Polícia Civil que decidiu que ele deveria ser apresentar nesta quarta. Ele assumiu a autoria do disparo, mas reafirma legitima defesa. Sobre a família, entendemos a dor dela nesse momento tão difícil que é perder um ente querido, mas o meu cliente não errou. Ele é policial 24 horas do seu dia e poderia responder se caso não tivesse tomado uma atitude naquela hora. Infelizmente houve essa fatalidade, agora cabe agora esperar as investigações”, finalizou.
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