A Polícia Federal abriu investigação para apurar a origem e a rede de distribuição de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, substância altamente tóxica que já provocou três mortes confirmadas e deixou ao menos dez pessoas intoxicadas em São Paulo, em setembro. O anúncio foi feito nesta terça-feira (30.09) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que classificou o caso como grave e com reflexos diretos na saúde pública.
Segundo o ministro, os indícios apontam que a adulteração não se limita ao território paulista, podendo alcançar outros estados. “Determinamos ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a abertura de um inquérito policial para verificar a procedência dessa droga e a rede de distribuição, que, ao que tudo indica, transcende os limites de São Paulo”, disse.
O metanol, quando ingerido, pode causar cegueira, falência de órgãos e morte. Em São Paulo, seis casos já foram confirmados pelo Ministério da Saúde, incluindo os três óbitos. Outros dez permanecem em investigação, e um foi descartado.
Para reforçar a vigilância, o Ministério da Saúde destacou que a notificação de casos suspeitos não precisa esperar o fechamento do diagnóstico, acelerando o atendimento em todo o país. Atualmente, o Brasil conta com 32 Centros de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), vinculados ao SUS, disponíveis para orientar profissionais de saúde e a população.
Lewandowski ressaltou que, até o momento, não há identificação de marca ou importação específica ligada à substância adulterada. “Tudo indica que estamos diante de uma rede que pode se estender para além de São Paulo”, reforçou.
A PF agora trabalha em conjunto com os órgãos de vigilância sanitária e autoridades estaduais para rastrear a origem do produto e impedir novos casos de intoxicação.
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