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Polícia Terça-feira, 30 de Setembro de 2025, 15:00 - A | A

Terça-feira, 30 de Setembro de 2025, 15h:00 - A | A

R$ 14 mil apreendidos

Operação prende assessor de Dr. Ary Campos acusado de ligação com CV

Servidor do gabinete de Dr. Ary Campos foi alvo de operação da Polícia Civil

Gislaine Morais/VGN

João Paulo Lopes da Cruz, 51 anos, assessor parlamentar do vereador de Rondonópolis, Dr. Ary Campos (PT), foi preso na manhã desta terça-feira (30.09), durante a quinta fase da “Operação Eclipse”, que desvendou um sofisticado esquema de lavagem de capitais operado por uma facção criminosa atuante na cidade de Água Boa, com ramificações Rondonópolis e Barra do Garças.

Conforme a Polícia Civil, João Paulo é acusado de ligação com o Comando Vermelho de Mato Grosso (CV).

A ação foi realizada por volta das 5h40, na residência do servidor, localizada na rua Macedo Vieira, bairro Marechal Rondon. No local, os policiais civis cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça. O investigado estava em casa com a filha menor de idade quando recebeu voz de prisão.

Durante a operação, foram apreendidos R$ 14.042 em espécie, um veículo Toyota Corolla preto, diversas joias, cadernos de anotações, um notebook e um celular. O assessor se recusou a desbloquear o aparelho. Segundo o boletim de ocorrência, ele utilizava meios eletrônicos para atividades relacionadas à facção criminosa.

João Paulo foi nomeado em janeiro deste ano como assessor parlamentar externo, com salário de R$ 5.965,84 e lotação no gabinete do vereador Dr. Ary Campos.

Após a prisão, a filha do servidor foi entregue a uma responsável indicada pelo próprio suspeito. Ele e o material apreendido foram conduzidos à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, para os procedimentos de praxe.

Em nota, o vereador Dr. Ary Campos afirmou desconhecer a vida pessoal de seus assessores fora do ambiente de trabalho. “Meu quadro de funcionários está dentro da legalidade das contratações. Não possuo vínculo pessoal com meus assessores e não tenho conhecimento das atividades que cada um exerce em sua vida particular”, diz o texto.

O parlamentar destacou ainda que todas as contratações seguem critérios legais e exigem a apresentação de documentação, incluindo antecedentes criminais e certidões negativas. “No momento da contratação, o assessor detido, assim como todos os demais, apresentou ficha criminal sem nenhuma pendência ou passagem pela polícia. A responsabilidade sobre as ações individuais dos funcionários fora do ambiente de trabalho é pessoal e não se estende ao mandato parlamentar”, concluiu a nota assinada pela assessoria de comunicação do gabinete.

A operação foi coordenada pela Delegacia de Água Boa. Conforme as investigações, o grupo criminoso utilizava-se de uma fachada denominada “Vale Crédito” para mascarar a prática de agiotagem e lavagem de dinheiro.

Na ação, foram cumpridas 18 ordens judiciais, expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá e cumpridas nas cidades de Água Boa, Barra do Garças e Rondonópolis. Desse total, 14 foram mandados, sendo sete de busca e apreensão e sete de prisão preventiva. As outras quatro corresponderam a medidas cautelares, sendo dois bloqueios de contas bancárias e dois sequestros de bens.

De acordo com o delegado responsável pela operação, Bruno Gomes, a operação tem um papel importante no combate às facções criminosas. “Essa investigação busca ir ao eixo central que mantém esses grupos criminosos, que é a parte financeira. Nossa investigação apurou que uma parte do grupo agia como factoring, emprestando dinheiro nas praças, inclusive para comerciantes dos municípios alvos da operação”, explicou Gomes. Com a ação, completou o delegado, “o propósito é ‘quebrar’ esse braço da facção”.

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