O delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Edson Pick, responsável pela investigação do feminicídio cometido pelo militar Ricker Maximiano de Moraes, 33 anos, contra a esposa, Gabrieli Daniel de Moraes, 31 anos, na tarde deste domingo (25.05), acusou a Polícia Militar (PM) de ter interferido indevidamente na cena do crime, comprometendo a coleta de provas fundamentais para o caso.
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Segundo o delegado, a equipe da Polícia Civil se dirigiu à residência do pai do suspeito, local onde, conforme as investigações, o acusado havia deixado a arma utilizada no crime. No entanto, ao chegarem ao local, os policiais civis constataram que a arma já havia sido retirada.
“A Polícia Militar veio aqui e retirou a arma de onde ele a tinha deixado. Então, mais uma vez, a Polícia Militar mexeu na cena do crime”, afirmou o delegado, visivelmente contrariado. Para ele, essa ação compromete seriamente o andamento das investigações. “Isso atrapalha demais a investigação”, reforçou.
Questionado sobre o motivo que teria levado a PM a retirar a arma do local, o delegado disse desconhecer a razão e lamentou a falta de comunicação entre as forças de segurança. “Não sei quem tirou a arma do local”, afirmou.
Agora, a Delegacia aguarda que a Polícia Militar apresente formalmente a arma, além de esclarecer como foi realizada a apreensão. “O procedimento agora é aguardar que a PM apresente a arma e explique como a retirou do local”, explicou.
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