O delegado Sued Dias da Silva Junior, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), revelou nesta segunda-feira (04.08) que o assalto à agência bancária do Sicredi em Brasnorte (579 km de Cuiabá) foi minuciosamente planejado durante 20 dias. A ação criminosa começou a ser executada na terça-feira (28.07), com o roubo de uma caminhonete Toyota Hilux que foi levada para uma área de mata fechada, onde os bandidos confirmaram a ausência de rastreador antes de utilizá-la no assalto.
O crime foi consumado na quinta-feira (31.07), quando os criminosos invadiram a agência, renderam funcionários e clientes, e fugiram com reféns no sentido de Juína. Após liberarem as vítimas, retornaram ao ponto onde a Hilux havia sido deixada, abandonaram o veículo e seguiram em um HB20.
Segundo o delegado, o grupo se reuniu em um comércio pertencente a um dos criminosos, onde o dinheiro foi dividido. Na tarde do mesmo dia, os suspeitos seguiram rumo a Rondônia. A GCCO chegou a Brasnorte no fim da tarde de quinta com apoio do Ciopaer e passou a rastrear os envolvidos, localizando o HB20 e identificando quatro integrantes da quadrilha.
Na sexta-feira (01.08), as equipes da GCCO se dividiram entre Brasnorte e Vilhena (RO), onde três criminosos foram localizados em um hotel. A fuga deles foi facilitada por um recepcionista, que alertou os suspeitos da chegada dos policiais. Posteriormente, os agentes encontraram seis pessoas em uma residência, entre elas os dois executores do roubo, os irmãos que ajudaram na fuga e dois membros do apoio logístico. O HB20 foi localizado em uma oficina pertencente ao pai do recepcionista.
“A função dos irmãos era receber os fugitivos em Vilhena e garantir a estadia discreta no hotel, previamente preparada para evitar suspeitas”, explicou Sued.
Sobre os valores levados no assalto, o delegado afirmou que já foram identificados depósitos em contas bancárias entre quinta e sexta. O bloqueio dessas contas já foi solicitado, bem como a quebra de sigilo bancário dos presos. Sued também alertou que terceiros que tiverem recebido os valores poderão ser responsabilizados criminalmente.
Até o momento, o número total de presos ainda está sendo apurado, pois algumas prisões foram feitas por equipes da Polícia Militar em paralelo às ações da Polícia Civil. "O que sei que foram oito prisões pela GCCO no sábado e uma Polícia Militar. E na noite desse domingo foram mais quatro pela PM", detalhou.
Já em relação ao veículo Ford Ka utilizado para o roubo da Hilux foi encontrado incendiado nos fundos de um frigorífico da cidade no sábado (02.08). O responsável por levar o carro até o local também foi preso.
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