A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta quarta-feira (30.07) a Operação Sepulcro Caiado, para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes em processos judiciais que causaram prejuízo superior a R$ 21 milhões aos cofres públicos.
Durante ação, foram apreendidos joias, barras de ouro, quantias em dinheiro vivo (reais, dólares e euros), passaportes, veículos de luxo como um Volvo XC60, um Toyota Corolla e uma Ford Ranger 4WD, além de um jetski. Também houve o bloqueio de 48 imóveis e 18 automóveis, e o congelamento de contas bancárias com ordens judiciais que somam mais de R$ 21,7 milhões.
A operação cumpriu 11 mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Marília (SP). A maioria dos alvos é composta por advogados, que atuavam junto a empresários e servidores públicos do Judiciário.
Como funcionava o esquema
Conforme a Delegacia Especializada de Estelionato de Cuiabá, o grupo ingressava com ações de cobrança fraudulentas e forjava o pagamento das dívidas por meio de comprovantes bancários falsificados. Um servidor do Poder Judiciário, também investigado, validava os documentos e providenciava a movimentação do dinheiro entre contas judiciais, permitindo o levantamento via alvarás.
As investigações apontam que pelo menos 17 processos foram protocolados entre 2018 e 2022. Em alguns casos, as dívidas reais não ultrapassavam R$ 100 mil, mas apareciam quitadas com valores de até R$ 1,8 milhão. Em uma das fraudes mais graves, uma pessoa interditada judicialmente foi usada no golpe.
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