A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerada uma prévia da inflação oficial usada nas metas do governo,desacelerou de 0,68% em fevereiro para 0,49% em março, informou nesta sexta-feira (22) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o indicador acumula alta de 6,43%. Em março de 2012, a taxa havia sido de 0,25%. Já o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de janeiro, fevereiro e março) foi de 2,06%, acima do resultado de igual período de 2012 (1,44%).
A alta menor do IPCA-15 veio da forte redução dos preços do grupo de gastos com educação, cuja variação passou de 5,49% em fevereiro para 0,50%, em março). Na sequência, entre as desacelerações está o grupo de despesas pessoais (de 1,15% em fevereiro para 0,51% em março), puxada pelos preços dos cigarros, de 5,70% de fevereiro para 0,03% em março.
Outros quatro grupos de produtos e serviços (alimentação e bebidas, artigos de residência, transportes e saúde e cuidados pessoais) também mostraram variações menores.
O grupo alimentação e bebidas mostrou desaceleração de preços, para 1,40%, ainda assim, ficou responsável por 69% do índice, puxados por feijão carioca (11,68%), ovos (7,66%), farinha de trigo (6,33%), farinha de mandioca (5,72%), frutas (2,54%), macarrão (2,42%), frango (1,80%), e pão francês (1,77%), além da refeição fora (1,23%).
De acordo com a pesquisa, o principal impacto individual no índice do mês partiu do grupo transportes (de 0,46% para 0,32%). O preço do litro da gasolina subiu 2,34%. "Após a variação de 1,96% em fevereiro, totalizou 4,35% de aumento ao consumidor nos dois últimos meses, resultado do reajuste de 6,60% no preço do litro nas distribuidoras em vigor a partir do dia 30 de janeiro. Em março, ficou mais caro também o litro do etanol, com variação de 3,89%, assim como o óleo diesel, que subiu 3,16%."
Também apresentaram redução na taxas os grupos artigos de residência (de 0,82% em fevereiro para 0,40% em março) e saúde e cuidados pessoais (de 0,78% para 0,42%).
Já o grupo habitação (de –2,17% em fevereiro para –0,70% em março) caiu menos de fevereiro para março, já que o valor da conta de energia elétrica ficou 5,32% mais baixo em março, enquanto em fevereiro a queda chegou a 13,45%.
Os grupos vestuário (de 0,01% em fevereiro para 0,48% em março) e comunicação (de 0,08% para 0,27%) também mostraram resultados acima daqueles registrados em março.
Entre os índices regionais, o maior foi registrado em Fortaleza (0,87%) e o menor, no Rio de Janeiro (0,25%).