Mesmo com um contrato em vigor até outubro de 2025 com a Associação dos Catadores Unidos Várzea-grandenses (CATAUNI), a Prefeitura de Várzea Grande firmou um novo acordo, também no valor de R$ 540 mil, com a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Várzea Grande (ASSCAVAG). A nova parceria foi assinada em junho de 2025 e tem validade de 12 meses, conforme publicado no Diário Oficial dos Municípios (AMM) dessa sexta-feira (11.07).
Ambos os contratos têm como objetivo executar o Projeto Piloto de Coleta Seletiva com inclusão social de catadores de baixa renda. Entre as ações previstas estão a coleta porta a porta, triagem, prensagem e comercialização de recicláveis, além de atividades de educação ambiental.
No entanto, moradores de bairros que deveriam ser atendidos denunciaram ao desconhecer o programa e dizem que nunca receberam os serviços prometidos.
“Na teoria seria um ótimo projeto, mas nunca ouvi falar sobre ele. Moro no Unipark há 28 anos e sempre fomos atendidos somente pelo serviço de coleta comum e, às vezes, até esse falha conosco”, relatou Milena Vergani.
No bairro Carrapicho, conhecido pelo descarte irregular e acúmulo de lixo, a situação é semelhante, eles informaram ao que nunca foram atendidos pelo projeto e sequer tinham informação de que havia algo assim, cedido pela Prefeitura.
“Não tenho conhecimento desse projeto, mas com toda certeza traria benefícios para nosso bairro que sofre todos os dias com descarte irregular. Já deixamos de acreditar que a Prefeitura possa fazer algo pela população, para onde está indo esse dinheiro? Se a população nem tem conhecimento desse projeto”, desabafou a moradora Daiana Justina Cruz.
A área de atuação da CATAUNI inclui dezenas de bairros das regiões Centro e Leste de Várzea Grande, como Cristo Rei, Jardim Aeroporto, Ponte Nova, Centro Sul, Jardim dos Girassóis, Santa Luzia e Cohab Dom Bosco. Apesar disso, o sentimento entre os moradores é de abandono e falta de informação. Confira contrato e lista de bairros completa.
O contrato com a ASSCAVAG prevê o repasse mensal de R$ 45 mil por parte da Prefeitura. Mesmo sem vínculo empregatício formal com os catadores, a associação deve seguir uma série de exigências legais e técnicas, como fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs), laudos de insalubridade e entrega de relatórios mensais e trimestrais. Confira termo de contrato da ASSCAVAG.
Outro fator que levanta questionamentos é em relação ao contrato com a ASSCAVAG, que, apesar do objeto e a execução estarem vinculados à Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, quem ficou responsável pela fiscalização foi a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer.
Outro lado
Nota Secretaria Municipal de Viação e Obras
Devido ser um taque firmado com MP e Defensoria pública estou providenciando a documentação e falando com as pessoas responsáveis, e devido a isso, estarei encaminhando as respostas acima na segunda-feira (14/07). Como tambem encaminharei os documentos necessários.
Marcella Magalhães _ secom VG
Em relação à Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, os questionamentos do não foram respondidos até o fechamento da matéria. Espaço segue aberto para manifestações.
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