“Prefeita, venha morar um mês aqui no bairro Paiaguás. Tenho certeza que esse bairro vai virar uma boneca.” O apelo, feito pelo comerciante Luciano, morador do bairro Paiaguás, em Várzea Grande, viralizou nesta terça-feira (15.07) após ser divulgado nas redes sociais. Ajoelhado e em tom de desabafo, ele cobrou a retomada das obras de pavimentação prometidas pela prefeita Flávia Moretti (PL) e denunciou o abandono das ruas da região.
A fala ocorre dois meses após o anúncio oficial da recuperação asfáltica no bairro, lançado em 15 de maio, durante o aniversário da cidade. Desde então, segundo Luciano, menos de 10% das obras foi concluído, e os maquinários foram retirados do local no início de julho. “Está com dois meses que a prefeita esteve aqui no nosso bairro. Infelizmente, não foi concluído nem 10% da obra”, disse.
Indignado, o morador questiona o destino dos recursos anunciados. “A gente quer saber para onde foram esses R$ 10 milhões. A rua principal aqui recebeu uma caçamba de areia. Isso é uma falta de respeito com a população. Os carros têm que desviar, não tem ônibus na rua principal, não tem pavimentação, não tem drenagem.”
Luciano ainda reforçou que não é somente um protesto individual, mas um pedido coletivo dos moradores. “Estou aqui para pedir encarecidamente, pelo amor de Deus, prefeita: olhe para essa população. Nós não somos palhaços. É um convite que eu, o Luciano, morador e comerciante do bairro Paiaguás, estou fazendo em nome de toda essa população.”
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Resposta da Secretaria de Obras
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Viação e Obras de Várzea Grande informou, em nota, que a obra segue dentro do prazo previsto, mas que problemas ocultos foram identificados durante a execução, exigindo revisão da rede de água e esgoto com apoio do Departamento de Água e Esgoto (DAE).
Confira nota na íntegra
A Secretaria de Viação e Obras de Várzea Grande informa que a obra segue dentro do prazo previsto. No entanto, para garantir a qualidade dos serviços, foi necessária a revisão da rede de água e esgoto, o que exige a abertura do solo e, consequentemente, a identificação de situações que não podem ser previstas antecipadamente.
Como é comum em reformas, surgiram problemas ocultos que estão sendo sanados com o apoio do Departamento de Água e Esgoto (DAE). O ponto mais crítico já está sendo tratado, e, embora dependamos das equipes do DAE para determinadas etapas, todos os esforços estão sendo concentrados para dar continuidade aos trabalhos com a maior agilidade possível.
A Secretaria reafirma o compromisso com a entrega de uma obra segura, duradoura e de qualidade para a população.
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