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“A falta de vacinação resultou em um saldo alto de mortos, doentes e outras dezenas de sequelados", alega a categoria
O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso (Sintect-MT) encaminhou ofício ao governador Mauro Mendes (DEM), requerendo que a categoria seja incluída no grupo prioritário da vacinação contra a Covid-19.
De acordo com a categoria, o serviço dos Correios foi considerado serviço essencial, desde março de 2020, porém, estes trabalhadores não foram incluídos nos grupos prioritários do Programa Nacional de Imunização (PNI).
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O Sindicato apontou que em outros Estados estes trabalhadores já estavam começando a ser vacinado, citando que no último dia 04 deste mês, a Prefeitura de Campo Grande (Mato Grosso do Sul) abriu cadastro para vacinar os trabalhadores dos Correios.
“A falta de vacinação dos ecetistas resultou em um saldo alto de mortos, doentes e outras dezenas de sequelados. Por terem sido considerados trabalhadores essenciais, eles não pararam e viram o número de colegas e de familiares dos colegas sucumbirem vítimas da doença”, diz trecho da nota do Sintect-MT.
Ainda, segundo a categoria, a situação destes profissionais tornou-se uma questão de saúde pública, “uma vez que os Correios passam a ser vetor de proliferação da doença, pois um só carteiro visita diariamente centenas de residências”.
Atualmente mais de 600 carteiros atuam nas mais de 150 agências dos Correios em Mato Grosso. “Hoje a categoria não vacinada no Estado de Mato Grosso, por não serem do grupo de risco, é em torno de 700 a 800 trabalhadores”, diz nota.
Dados - O Sindicato aponta que pelo menos 290 trabalhadores dos Correios, entre carteiros, atendentes de balcão e outros, foram infectados em ambiente de trabalho pela Síndrome Respiratória Aguda Severa 2 (Sars), desde o início da pandemia.
“Muitos morreram, três só este ano. A última morte registrada foi no dia 02 deste mês, sendo ele um atendente na Agência Central dos Correios de Cuiabá, situada na Praça da República – vítima da Covid-19. Foi nesta agência que aconteceram três casos recentes de Covid-19 e o trabalho segue normal, mesmo com todas as notificações e pedidos de providências feitos pelo sindicato atendente de balcão do primeiro quadrimestre. Hoje existem três pessoas, dois trabalhadores ecetista e a esposa de um carteiro, intubadas em UTIs em hospitais de Mato Grosso, vítimas da doença. A mulher foi infectada pelo marido que não parou de trabalhar desde o início da pandemia”, diz outro trecho da nota.
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