Durante esclarecimentos na Câmara Municipal, na manhã desta terça-feira (17.06), o presidente do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAEVG), tenente-coronel aposentado da Polícia Militar, Zilmar Dias Silva, em entrevista ao não sob precisar quantas equipes a autarquia tem para reparos de vazamentos.
Com mais de 45 dias à frente do DAE, Zilmar justificou que não sabia o número exato, pois estaria em processo de transição, com a migração dos servidores contratados da autarquia para a cooperativa Coonser Cooperativa de Trabalho e Serviços de Rondonópolis, município a 212 km de Cuiabá.
Segundo ele, atualmente, o DAE consegue atender, em média, sete ocorrências de vazamento por dia. Com a atuação da cooperativa, esse número deve saltar para até 30 reparos diários. “Sabemos das limitações. Hoje temos problemas crônicos e de longa data. A cooperativa vem para resolver o problema do atendimento, não tem relação com preparação para concessão do DAE”, garantiu.
Zimar esclareceu que a gestão continuará sendo da autarquia, que terá fiscais de contrato e profissionais acompanhando e certificando os serviços feitos pela cooperativa. Além dos reparos, a empresa será responsável pela instalação de novos hidrômetros, padronização de redes e atendimento às demandas de novas ligações de água.
Questionado sobre a experiência da cooperativa, Zimar disse que ela é formada por ex-servidores da extinta Sanemat, tem sede em Rondonópolis e 29 anos de atuação. “O processo é público, transparente, e estou à disposição para apresentar os documentos”, destacou.
O diretor também reconheceu que o DAE enfrenta sérias dificuldades operacionais. “Nosso pessoal não tem Equipamento de Proteção Individual (EPI), não tem equipamento adequado e a capacidade de atendimento é muito precária. Só para ter uma ideia, quando abrimos o canal de comunicação sobre vazamentos, recebemos 1.300 registros em poucos dias. Várzea Grande é como um queijo suíço, com a rede de água totalmente danificada. Isso exige investimentos, recursos e, possivelmente, até financiamentos”, declarou.
Sobre os questionamentos de serviços mal-executados, como o caso do bairro Costa Verde, onde um vazamento foi consertado pela manhã e voltou a romper à tarde, o coronel explicou que isso é reflexo das condições da rede. “Muitas vezes consertamos um ponto e logo estoura outro próximo. Por isso, é necessário um estudo mais aprofundado da rede e investimentos pesados”, concluiu.
Leia também - Vereadores de Chapada dos Guimarães protestam por atraso das obras no Portão do Inferno
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).