A empresa Locar supostamente vem descumprindo a acordo coletivo 2025/2026 de trabalho e ao manter caminhões de coleta de lixo circulando com apenas dois coletores, quando o acordo prevê três trabalhadores por veículo. A denúncia foi feita por trabalhadores ao Sindicato dos Trabalhadores de Limpeza Urbana, Limpeza Pública, Áreas Verdes e Ambiental de Mato Grosso (Sindilimp-MT), que afirma que os garis estão submetidos a jornadas exaustivas, o que reduz o rendimento do serviço e provoca o acúmulo de lixo em bairros de Várzea Grande e Cuiabá. As informações foram encaminhadas ao nesta quinta-feira (02.10).
Segundo o relato levado ao sindicato, entre 5h e 7h é possível flagrar diversos caminhões deixando o pátio da empresa, localizado na avenida Governador Júlio Campos, quadra 01, lote 04, bairro Santa Isabel, em Várzea Grande, com apenas dois coletores. Além disso, há registros de veículos quebrados que estariam parados há mais de dois meses, o que agravaria a deficiência do serviço e a cobertura das rotas.
“Os trabalhadores estão sendo coagidos e têm medo de se expor, mas as irregularidades são graves. A cidade sofre com o lixo acumulado enquanto a empresa insiste em descumprir a convenção coletiva”, informou o Sindilimp-MT. O sindicato acrescenta que já recebeu diversas denúncias e protocolou documentos no Ministério do Trabalho e no Ministério Público, cobrando providências e fiscalização sobre a execução do contrato.
De acordo com o Sindilimp-MT, centenas de bairros já registram acúmulo de lixo, o que coloca em risco a saúde da população e evidencia o descumprimento de obrigações trabalhistas e contratuais pela empresa contratada. A entidade sindical afirma que, na próxima segunda-feira (06), encaminhará novos documentos e supostas provas das irregularidades ao , reforçando o pedido de fiscalização e de eventual aplicação de sanções previstas em contrato e na legislação.
Outro lado
Por meio de nota, a Locar esclareceu que o contrato firmado com o município de Várzea Grande prevê a atuação de equipes com três coletores e que esse parâmetro vem sendo cumprido regularmente. A empresa, porém, alegou que o elevado índice de faltas de funcionários — 192 ausências apenas em setembro, média de 12 por dia, o equivalente a 15% da força de trabalho — levou à saída eventual de caminhões com apenas dois coletores.
A Locar destacou que parte da frota é destinada a reforços de setores e trocas de percurso, situações em que a presença de três coletores não é obrigatória. A empresa afirmou que nenhum setor deixa de ser atendido e que o planejamento operacional assegura a continuidade da coleta, mesmo diante das ausências.
A Secretaria de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana informou que a coleta de lixo é realizada por contrato com a Locar. Ressaltou que denúncias sobre descumprimento de convenções coletivas ou de direitos trabalhistas dizem respeito à relação entre empresa e colaboradores, exigindo averiguação documental e legal junto aos órgãos competentes.
A Prefeitura de Várzea Grande informou que acompanha a execução do contrato e que solicitará esclarecimentos formais à Locar. Segundo a administração municipal, manifestações oficiais só serão feitas após análise técnica e documental, para evitar precipitação. A Secretaria reafirmou compromisso de assegurar a regularidade da coleta de lixo no município, preservando o interesse público.
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