Contra decisão judicial que indeferiu a solicitação de pagamento de salário aos professores contratados da rede estadual de Educação, os profissionais irão bloquear nesta terça-feira (17.01) a avenida Filinto Müller, em Várzea Grande, e cobrar do Estado o pagamento do subsídio, entre outras reivindicações.
Segundo a secretária geral do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), Anadelma Borges, o protesto da categoria será a partir das 16 horas.
“Nós iremos bloquear a avenida no sentido Centro/Aeroporto. Esse será um ato de protesto para cobrar o pagamento de salário dos servidores contratados. Eles, assim como todos os servidores da Educação, têm direito de receber pelos dias trabalhados”, disse.
Conforme ela, a categoria não irá paralisar as atividades e pretende cumprir rigorosamente com o cronograma de reposição de aulas proposto pelo governo do Estado. “Vamos repor as aulas, mas os contratados precisam receber. É direito deles, e disso nós não iremos abrir mão”, garantiu.
Ainda sobre o protesto desta terça (17), ela apontou que será cobrado do governo do Estado a não inclusão do cancelamento da elevação de nível do servidor público da Educação – previsto para ser colocado no texto do Projeto de Lei do Corte dos Gastos Públicos do Estado.
“Não pode ser aprovado o cancelamento da elevação de nível do profissional. Isso não pode acontecer. Queremos também concurso público, entre outras reivindicações”, defendeu.
Vale lembrar que o Estado de Mato Grosso possui 22,9 mil professores, sendo 9.231 efetivos e 13.733 contratados.
Entenda - Na semana passada, o juiz Gerardo Humberto Alves da Silva Júnior, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Cuiabá, indeferiu o pedido de liminar do Sintep/MT, que, na prática, obrigaria a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc) a pagar novamente os professores com contratos temporários, para que eles fizessem a reposição das aulas perdidas durante a greve do ano passado.
Na sua decisão, o magistrado entendeu, com base em decisões de Cortes superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), que os contratos dos trabalhadores temporários, bem como os salários, poderiam ter sido suspensos durante o movimento paredista. Em 2016, na greve que durou 67 dias, o Governo de Mato Grosso optou por manter os pagamentos em dia.
O Sindicato alega que ainda não foi notificado da decisão, mas que irá recorrer. “Nós ainda não fomos notificados dessa decisão, mas assim que formos iremos recorrer”, afirmou Anadelma.
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