Para o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, ainda não é o momento de relaxar as medidas de restrição à movimentação da população, como ocorreu em Várzea Grande, onde a prefeita Lucimar Campos (DEM), em decreto publicado nessa terça (07.04), liberou o funcionamento de 50% do comercio local.
Segundo Gilberto, se dependesse dele, a população ainda estaria dentro de suas casas, para a prevenção dos riscos de disseminação do Coronavirus - COVID-19, cujo pico da pandemia está para ocorrer. “Se dependesse da minha vontade, como secretário de Saúde, eu preferia a população inteira dentro de casa” disse em entrevista ao MT1 nesta quarta (08).
Porém, o secretário diz entender a “pressão” que os prefeitos enfrentam, devido à queda da economia nos municípios. “Mas, nós também sabemos que existem outras condicionantes que afetam a vida da população, que a área econômica acaba sendo afetada, que temos pessoas que precisam trabalhar diariamente, que neste momento já estão passando por necessidades, e isso aí são as pressões que os prefeitos têm, que são as autoridades constituídas para definir o nível de confinamento, o nível de restrição social da população e eles (prefeitos) têm que tomar decisões”.
O secretário vê essa “liberação” com preocupação, devido a curva do pico da pandemia. “Eu vejo isso com certa preocupação, porque nós estamos em um momento muito importante, que é esse confinamento em casa, que ajuda muito a gente a abrandar essa curva do pico que nós teremos com a pandemia”.
Ele explica que “quando a população volta em maior volume para as ruas, essa possibilidade aumenta muito”. E pensando nisso, o secretário destaca que o Governo lançou a campanha “eu cuido de você e você cuida de mim”, pedindo para que todos utilizem máscaras, para dar uma proteção coletiva à população.
“O que queremos é ter o menor numero de óbitos possível, nós já temos um, mas com certeza, essa epidemia não é uma brincadeira, ela virá e nós teremos mais óbitos no Estado de Mato Grosso, e a gente quer diminuir isso ao máximo, porque só quem já perdeu um ente querido sabe como é difícil perder, principalmente quando poderia ter evitado”, pondera.
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