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Cidades Quinta-feira, 12 de Junho de 2025, 08:10 - A | A

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12 DE JUNHO

Do comércio ao coração: Mato-grossenses contam como celebram o amor no Dia dos Namorados

Data é celebrada desde antes de Cristo

Isadora Sousa & Angelica Gomes/VGN

Criado como estratégia comercial em 1949, o Dia dos Namorados ganhou novos significados entre os mato-grossenses. De casais que aproveitam a data para oficializar o amor a viajantes que preferem experiências ao consumo, o foi às ruas para descobrir como o 12 de junho é celebrado em Mato Grosso — e como, para muitos, a essência do amor vai muito além dos presentes.

A data passou a ser comemorada no Brasil por iniciativa do publicitário João Doria, com o objetivo de aquecer o comércio em junho — tradicionalmente um mês de vendas fracas após o Natal, o Ano-Novo, o Carnaval e o Dia das Mães.

Hoje, porém, o Dia dos Namorados já não se resume a vitrines e promoções. A reportagem do ouviu histórias de quem transforma esse dia em um símbolo de afeto, conexão e novos começos — com ou sem embrulhos de presente.

Para Glaucia Maria, moradora de Santo Antônio do Leverger, a data será especial, pois é o primeiro ano em que ela celebra oficialmente um namoro. “Ano passado eu já celebrei com o meu atual namorado, mas ainda não éramos oficiais. Neste ano, quero sair para jantar em um lugar que nunca fomos”, afirmou.

Glaucia diz que o amor não muda com o tempo, mas evolui e se transforma em aprendizado. “Para mim, será importante comemorar o Dia dos Namorados este ano, porque será com ele — e não pela data em si”, concluiu.

Já para um morador de Campo Verde, neste ano a data terá um significado diferente. Em um relacionamento há três anos, o homem comprou as alianças e pedirá a parceira em casamento na ocasião. Para ele, a data é importante, mas não é tudo. “Quando estamos em um relacionamento, a pessoa é a mais presente no nosso dia a dia, com quem conversamos, desabafamos e com quem dividimos os problemas e as alegrias”, explicou

O campo-verdense enxerga o amor como algo que precisa ser zelado. “Tudo o que não é cuidado, com o tempo, pode vir a acabar, sim. Mas, se cuidarmos e zelarmos por esse amor, ele dura bem mais”, afirmou.

Dona Raimunda é piauiense e veio para Cuiabá ajudar uma amiga que havia acabado de dar à luz, e acabou encontrando o amor. Casada há quatro anos, ela vê o Dia dos Namorados como uma data em que o mais importante é a lembrança do parceiro.

“Presentes são bons de receber, mas, para mim, o mais importante é um abraço apertado e um beijo gostoso do meu marido”, afirmou. Raimunda vê o amor como um espelho: tudo depende da forma como o parceiro a trata. Ela afirma que o tratamento recebido pode manter o relacionamento estável ou fazê-lo ruir de vez.

Dom Luke e a esposa, April, estão casados há cinco anos. Viajantes e adeptos de um estilo de vida menos materialista, ressignificam a data.

Para o homem, o Dia dos Namorados é uma oportunidade de reacender a chama do amor no casal. “Durante o ano, temos que estar sempre alimentando essa chama. Nesta data, especificamente, é o momento de preparar algo especial para que não seja mais do mesmo.” O viajante contou que, no ano passado, o casal passou um mês acampando e celebrou a data em uma montanha — o que, para ele, foi muito especial.

Luke não acredita que o amor possa acabar. As pessoas têm preguiça de realimentá-lo e, por isso, ele vai esfriando. Mas o amor é como uma plantação: quanto mais você planta, mais aprende a cultivá-lo”, afirmou.

April possui uma filosofia parecida. “O amor nunca vai acabar. Para mim, o amor vai muito além do sexo; ele vem do fraterno, do espírito — é mais profundo”, explicou.

A viajante enxerga o Dia dos Namorados como uma data meramente capitalista, que serve para aguçar o consumismo das pessoas, e prefere realizar uma viagem para algum lugar exótico com o marido.

Diogo Lemes está há quatro anos com sua parceira, sendo três de namoro e um de casamento. O jovem, de apenas 21 anos, afirma que o Dia dos Namorados acontece todos os dias.

“Todos os dias se tornam o Dia dos Namorados; basta eu acordar ao lado dela. Ela sempre esteve comigo desde o começo da minha história e, agora, estamos finalmente conquistando as nossas coisas”, relatou.

Para ele, o amor é fundamental — não só no Dia dos Namorados, mas em todos os dias. “É tão bom ser amado e ter alguém para amar. É uma sensação muito gostosa”, afirmou.

O casal, cuja linguagem do amor é o tempo de qualidade, deve passar a data de forma especial, indo a um parque da cidade e apenas desfrutando da presença um do outro.

O Dia dos Namorados, apesar de ter sido introduzido no Brasil como uma estratégia comercial, possui outros significados ao redor do mundo e remonta a um período anterior a Cristo.

Origem do Dia dos Namorados

Originalmente, a data começou a ser celebrada por volta do século VIII a.C., na Roma Antiga. Inicialmente, o Dia dos Namorados era, na verdade, uma festa pagã: o Festival de Lupercalia, comemorado em 15 de fevereiro, celebrava a fertilidade, o início da primavera e promovia a saúde.

Com o avanço do cristianismo, a Igreja Católica aderiu à comemoração e a transformou no Dia de São Valentim — um santo que foi executado por realizar casamentos proibidos. Com isso, a celebração passou a ser realizada no dia 14 de fevereiro.

No continente europeu e nos Estados Unidos, o Dia dos Namorados — ou Dia de São Valentim (Valentine’s Day) — é celebrado em 14 de fevereiro, e a tradição envolve a troca de cartões, flores e chocolates entre os casais.

Já no Japão e na Coreia do Sul, o Valentine’s Day é comemorado de forma única: as mulheres presenteiam os homens com chocolates e, um mês depois, no White Day, ocorre a troca inversa de presentes.

Leia também: Brasil recebe 60 toneladas de rosas colombianas para o Dia dos Namorados

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