O diretor de Sustentabilidade e Comunicação da Marfrig, Paulo Pianez, afirmou que não há odor na graxaria da Marfrig Global Foods, em Várzea Grande. A afirmação foi feita ao jornalista Geraldo Araújo, durante entrevista ao no Ar, desta terça-feira (12.09). Os moradores do bairro Alameda e região do Cristo Rei, em Várzea Grande, protestam contra a instalação da graxaria, que foi reaberta após 10 anos. Eles afirmam que o mau cheiro é sentido até 20 km de distância da empresa.
Contudo, Paulo Pianez foi enfático ao afirmar, que não há vestígios de odor devido às medidas cautelosas adotadas e à utilização da mais tecnologia de ponta, não apenas para produzir produtos de alta qualidade, mas também para evitar com qualquer risco de odor ou poluição, inclusive sonora.
Pianez explicou que o maior complexo da Marfrig está situado no município de Várzea Grande e foi meticulosamente planejado com a incorporação de equipamentos de última geração, baseados em projetos precisos, com o propósito de evitar esse tipo de problema. Além disso, ele enfatizou que a empresa obteve todas as licenças necessárias, tanto do município quanto do Estado.
"Estamos empregando os equipamentos mais modernos disponíveis. Realizamos testes rigorosos, tanto antes quanto depois. Adquirimos todas as licenças exigidas pelo município e pelo Estado para a eficaz operação desta unidade de produção. Estive pessoalmente no local hoje de manhã e posso assegurar que não há qualquer vestígio de odor, seja nas proximidades ou dentro da graxaria, graças a avançada tecnologia", destacou Paulo.
O diretor Pianez destacou outro benefício, que considera significativo da inclusão da graxaria dentro das operações da empresa, redução substancial da necessidade de transporte de produtos não processados para outras localidades. Segundo ele, a graxaria possibilitou à empresa evitar aproximadamente 1.200 viagens de caminhão por mês, diminuindo os riscos de acidentes, poluição, impacto ambiental, emissões de carbono e os ruídos associados ao transporte.
Quando indagado sobre os produtos processados na graxaria, o diretor explicou que a unidade se concentra principalmente na produção de farinhas destinadas à alimentação animal, processando sangue para transformá-lo em farinha de sangue, ossos transformados em farinha de ossos, e sebo, preparado para ser utilizado nas indústrias cosmética e alimentícia, entre outros.
Paulo também reconheceu que a reativação da graxaria, após uma década, pode ter gerado preocupações na população devido a experiências passadas com mau cheiro. No entanto, ele assegurou que, na atualidade, não há qualquer odor presente.
O diretor da Marfrig, com quatro anos de experiência na empresa, enfatizou que nos últimos três anos, a empresa investiu mais de R$ 50 milhões na melhoria do tratamento de efluentes e na destinação de resíduos na planta de Várzea Grande.
"Estamos comprometidos com a qualidade de nossos processos. Dispomos de um sistema de tratamento de efluentes que garante que a água que devolvemos ao rio seja da mesma qualidade da água que captamos no início do processo. Além disso, estamos abertos a receber grupos de moradores para conhecerem de perto nosso complexo e entenderem nosso compromisso com a responsabilidade socioambiental, o bem-estar animal e a qualidade de nossos produtos", concluiu Paulo Pianez.
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