Durante o discurso do senador Jayme Campos (DEM), na solenidade de entrega de uniformes escolares para rede municipal de ensino de Várzea Grande, na manhã desta sexta-feira (07.02), um homem que se identificou como funcionário da Construpel Comércio e Serviços para Construção Eireli, empresa da esposa do ex-vereador do município, Edmar Caetano, resolveu interromper o democrata - e cobrou o salário, que segundo ele, está atrasado desde 20 de dezembro de 2019. Veja o vídeo no final da matéria.
Jayme estava discorrendo de quanto zelo sua esposa, a prefeita Lucimar Campos (DEM), tem tido com o município em honrar todos os compromissos financeiros com fornecedores, pagamento em dia, oportunidade em que o funcionário ergueu a mão e gritou, “o senhor podia me pagar então, estou sem receber desde 20 de dezembro do ano passado”.
Jayme Campos então questionou ao homem em qual obra ele estava trabalhando, e o funcionário citou duas unidades de ensino: Cmei Professor Antônio Amorim de Campos, que está sendo executada pela Construpel e o CAIC Emeb Gonçalo Domingos de Campos, pela Cevic, empresa de Brasília.
O senador retrucou, “a Prefeitura não te deve nada, ela não te contratou, você tem que cobrar da empreiteira que te contratou. Aqui está tudo em dia. Inclusive, estive no CAIC onde a empreiteira está executando a obra e tinha apenas seis funcionários trabalhando e eu cobrei para que ele triplicasse o número de funcionários senão a obra não vai ficar pronta. Aqui na gestão de Lucimar não tem rolo e nem atraso, fez a obra, mediu recebe. Você tem que ir atrás de quem te contratou”, disse Jayme.
O democrata ainda culpou algumas empresas pelos atrasos em obras. Segundo o senador, tem empresa que vence a licitação, está em situação difícil, quase falindo, mas o Poder Público não tem como barrar a participação delas, uma vez que no processo licitatório, elas preenchem todos os requisitos.
Outro lado – A reportagem do oticias falou com o setor de obras da Secretaria Municipal de Educação, que afirmou não existir nenhum débito por parte do município, e tampouco problema com a empresa. Segundo o setor de obras da pasta, a empresa justificou que o funcionário é terceirizado para executar um serviço especializado, e que recebe por diária. O setor informou ainda, que a empresa disse que estava em débito com apenas cinco diárias e reafirmou que o município está em dia.
Já o ex-vereador Edmar Caetano, falou ao oticias, que ele subcontratou uma empresa para fazer a parte de polimento em granito, mas não conhece o funcionário que cobrou o senador, até porque ele não tem vínculo empregatício com sua empresa.
“Já cobrei da empresa subcontratada que se der algum problema, ela vai responder. Orientei inclusive a fazer um boletim de ocorrência contra o funcionário”, disse Edmar, alegando que o funcionário estaria querendo levar vantagem cobrando mais do que o devido.
O oticias entrou em contato com a outra empresa, não atenderam as ligações no celular, e até o fechamento da matéria não houve retorno.
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