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Cidades Quarta-feira, 19 de Abril de 2023, 16:54 - A | A

Quarta-feira, 19 de Abril de 2023, 16h:54 - A | A

massacre de columbine

Boatos de ataques nas escolas no dia 20 causam desespero em pais que cogitam não mandar filhos à aula

A data está relacionada à tragédia que ficou conhecida como Massacre de Columbine

Giovanna Bitencourt/VGN

Um lugar que é para ser de acolhimento e aprendizado, se tornou um local de desespero, medo e aflição. Os últimos dias nas unidades escolares brasileiras não têm sido fáceis, devido às ondas de notícias sobre ataques e massacres escolares que vem nos cercando. Diversas ameaças e ataques estão acontecendo frequentemente, assustando os alunos e professores, que ficam fragilizados e à mercê das ameaças. Além disso, também afeta diretamente os pais e a população no geral, que não sabe como agir diante desta situação desesperadora, pois, infelizmente, o Brasil não tem políticas públicas que são eficazes o suficiente para que as crianças e adolescentes estejam seguros e protegidos nas escolas.

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Nesta semana, as redes sociais estão sendo marcadas por supostas ameaças às escolas que ocorreriam no dia 20 abril, e vem preocupando alunos e professores de todo o país. Entretanto, todas as publicações envolvendo o assunto estão sendo monitoradas e acompanhadas pelas autoridades policiais, em ação conjunta com membros do Ministério Público e com o Ministério da Justiça e da Segurança Pública.

Na semana passada, durante entrevista coletiva, o ministro da Justiça, Flávio Dino, recomendou a todos os governadores que reforcem o policiamento ostensivo perto de escolas. “Sugerimos o reforço do policiamento ostensivo nos próximos dias em razão da multiplicação de postagens ou boatos atinentes ao dia 20”.

Mas o que tem no dia 20 de abril? A data está relacionada à tragédia que ficou conhecida como Massacre de Columbine, além disso, também é o dia do nascimento do ditador alemão Adolf Hitler, nascido em 1889.

O massacre de Columbine ocorreu no dia 20 de abril de 1999, na Columbine High School, no Colorado, Estados Unidos. Os autores do crime, Eric Harris e Dylan Klebold, eram estudantes da escola e mataram 12 alunos e um professor. O ataque foi altamente planejado e envolveu o uso de bombas para afastar os bombeiros, tanques de propano convertidos em bombas colocados na lanchonete, 99 dispositivos explosivos, e carros-bomba. Depois de trocarem tiros com policiais, a dupla cometeu suicídio na biblioteca da escola.

O entrevistou a moradora de Várzea Grande, Manu Moira, que contou sobre a dificuldade que passa com a filha, que estuda em uma escola estadual, diante das ameaças.

Manu relatou a nossa equipe que a filha de 11 anos tem acesso às notícias pelo celular, e acompanhou a repercussão do assunto, desde o atentado em Blumenau, que vitimou 4 crianças em uma creche. Ela explicou que a filha chegou da escola muito assustada, dizendo que todos os colegas estavam afirmando que iria acontecer um ataque na unidade escolar, e que pediu, com muito medo, para não ir mais na escola. A mãe disse ainda que ficou sem saber o que fazer, por ser semana de prova, e a menina não poderia faltar.

“A minha filha tem acesso ao celular e as notícias, e ficou sabendo sobre os ataques. Na escola, todos os colegas estavam falando sobre o atentado em Blumenau, e ela chegou em casa muito assustada, com muito medo, falando que não queria ir para a escola, porque estavam falando que iria acontecer na escola dela. Ela estava em época de prova, e não queria ir”, contou.

A moradora disse que se sentiu inútil por não saber o que fazer e nem como proteger a filha. Manu explicou que mesmo assim, demonstrou para a filha que tudo ficaria bem, mas que ainda sente muito medo com o que pode acontecer, pois não sabe se a filha estará segura na escola.

“Eu, como mãe, me senti inútil. Fico me perguntando o que nós, pais, podemos fazer. Temos que mandar nossos filhos para a escola, porque se faltarem, podem reprovar ou ficar sem nota, mas, se vai, a gente fica com o coração na mão sem saber o que vai acontecer. Temos mais medo que nossos filhos, e temos que disfarçar e fingir que vai ficar tudo bem”, relatou.

Manu também narrou que ainda é muito difícil saber o que é verdade e o que é mentira na internet, e com isso, não sabe o que deve fazer em relação à filha.

“Só Deus sabe como fica o coração de mãe quando os filhos vão para a escola, porque não sabemos o que vai acontecer. Não sabemos se algumas coisas que sai na internet é realmente verdade, ou se são só pessoas querendo brincar. Não tem como saber se o que é fake ou o que é verídico”, finalizou.

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