André Teodorico Gomes, 33 anos, conhecido como “Andrezinho”, foi condenado a 19 anos de reclusão por ter matado o mecânico Josemir de Lima Cirilo no bairro Cohab Cristo Rei, em Várzea Grande. O crime ocorreu no dia 07 de outubro de 2015.
De acordo com decisão, proferida no dia 30 de março pelo juiz Otávio Vinicius Affi Peixoto (presidente do Tribunal do Júri da Comarca de Várzea Grande), Andrezinho foi condenado pela prática de homicídio qualificado, por motivo fútil, mediante o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
“Ceifando a vida da vítima absolutamente inocente dentro de seu local de trabalho. Sendo de se considerar ainda em seu desfavor a ação em plena luz do dia em ambiente comercial expondo terceiros a risco e as consequências foram severas, já que a testemunha ouvida em plenário bem destacou que a esposa e filho da vítima dependiam dela para seu sustento, inclusive, seu filho era nascido recentemente, destruindo assim o núcleo familiar em seu início”, diz trecho extraído da sentença.
O juiz fixou pena de 15 anos de prisão pela prática do homicídio contra o mecânico, aumentando em mais dois anos reclusão pela rescendência, e mais dois anos mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, totalizando uma condenação de 19 anos de reclusão em regime fechado.
Na decisão, o magistrado destacou que Andrezinho possui mais de uma condenação com trânsito em julgado, e também ações penais em curso sem resultado definitivo e condenação posterior.
O advogado de Andrezinho ingressou com recurso de apelação a sentença. O réu aguardará a análise no recurso detido na Penitenciária Central do Estado.
Entenda o caso - De acordo com os autos, no dia 07 de outubro de 2015, Andrezinho entrou em uma oficina mecânica chamada “Safira” no bairro Cohab Cristo Rei, e efetuou cerca de seis disparos de arma de fogo contra Josemir de Lima Cirilo, na época com 25 anos.
Conforme depoimento de testemunhas, o atirador usava um boné escuro e segurava um capacete quando entrou no estabelecimento, se aproximou de Josemir e perguntou se ele era “Nanhá”. A vítima negou, mas, mesmo assim, o suspeito em posse de um revólver calibre 38, atirou contra a vítima, fugindo em seguida em uma motocicleta.
Nas investigações, a polícia descobriu que após o crime André Teodorico, durante conversa, em um bar no bairro Maringá em Várzea Grande, acabou contando aos colegas que havia matado o “cara” errado, uma pessoa trabalhadora e pai de família.
A Polícia Civil representou pelo mandado de prisão preventiva contra Andrezinho pelo crime de homicídio qualificado. Com a ordem judicial decretada pela Comarca de Várzea Grande, os investigadores iniciaram as diligências.
A PJC conseguiu descobrir que o suspeito tinha sido preso em flagrante no dia 31 de janeiro deste ano, por porte ilegal de arma de fogo, e estava recolhido no Centro de Ressocialização de Cuiabá, com nome falso de “Jean Marcos Alves Pereira”.
Com o confronto datiloscópico da identidade do preso, André foi encaminhado à Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) onde foi interrogado sobre o homicídio, e teve o mandado de prisão preventiva cumprido.
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