Mais da metade da população brasileira não teve condições de arcar com uma alimentação saudável em 2024, segundo o relatório global sobre o Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, divulgado nesta segunda-feira (28) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O documento mostra que 50,2% dos brasileiros não conseguiam custear uma dieta adequada.
O valor diário necessário por pessoa para manter uma dieta saudável no país foi estimado em US$ 4,69, o equivalente a R$ 27,01 com base na cotação média do dólar entre julho de 2024 e janeiro de 2025. Isso representa um gasto mensal de R$ 810,30 por pessoa. Com o salário mínimo de R$ 1.412 vigente no período, restavam apenas R$ 601,70 para o trabalhador cobrir despesas como moradia, transporte, saúde e educação.
O relatório também aponta outros indicadores de insegurança alimentar. A subnutrição crônica afetou 2,5% da população, enquanto a insegurança alimentar severa atingiu 3,4% e a moderada ou severa chegou a 13,5%.
Entre crianças de até cinco anos, 3,4% sofriam de desnutrição, 6,6% apresentavam nanismo (baixa estatura para a idade) e 10,9% estavam com sobrepeso. Entre adultos, 28,1% eram obesos em 2022, e 21,3% das mulheres entre 15 e 49 anos apresentavam anemia em 2023. A taxa de amamentação exclusiva até seis meses foi de 45,8%, e 8,8% dos recém-nascidos nasceram com baixo peso, segundo dados de 2020.
Apesar dos números, o relatório destaca que o Brasil deixou o Mapa da Fome, onde figurava desde 2023, mas ainda enfrenta altos índices de insegurança alimentar e nutricional.
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