por Licio Malheiros *
A vilipendiação exacerbada dos valores: éticos, morais e institucionais em nosso país têm sido algo recorrente, tendo como elemento norteador do mesmo, o processo de corporativismo desmedido, vergonhoso, e imoral, que vem ocorrendo de forma desavergonhada, nos Três Poderes. A cada legislatura que se finda, a nossa Egressa Casa de Leis, a Câmara Municipal de Cuiabá, tenta, a duras penas, mudar o estigma de Casa dos Horrores, porém a cada tomada de decisão: arbitrária improcedente, vergonhosa, acaba colocando em xeque, tudo aquilo que foi dito, por alguns vereadores, que tentam moralizar essa Casa de Leis.
Ontem, quinta-feira (19), os nobres vereadores receberam três representações contra o vereador Felipe Wellaton (PV), conforme faculta o Decreto-Lei Nº 201, de 27 de fevereiro de 1967, que dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores.
Porém, apenas uma foi aceita, e lida, pelo presidente da Câmara Municipal, Justino Malheiros (PV), aquela na qual, teria ocorrido falta de ética no cumprimento do mandato, pelo vereador Felipe Wellaton (PV).
O presidente Justino Malheiros (PV), terá cinco dias para analisar se envia o processo, ou não, à Comissão de Ética, podendo culminar, com a cassação do parlamentar.
A representação aceita foi à assinada pelo economista e assistente técnico da junta Comercial de Mato Grosso, Valdir Molina, foi lida em plenário durante a sessão ordinária realizada na quinta-feira (19).
Molina na representação acusa o vereador Felipe Wellaton (PV), de quebra de decoro parlamentar. Será que a quebra de decoro, teria ocorrido quando da assinatura do requerimento de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), contra o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB). Ele aparece, juntamente com outros deputados, recebendo maços de dinheiro e os coloca no paletó, deixando parte dele, cair ao chão; esta cena vergonhosa foi vista e revista, pela população cuiabana como um todo. (não estou criando nenhum factoide).
O senhor Molina, respaldado pela legislação vigente, elenca uma série de situações, para não me tornar prolixo, vou a um ponto que considerado crucial, o economista lembrou também que Wellaton, ingressou com uma ação popular contra o prefeito, pedindo seu afastamento, bem como a suspensão de um decreto municipal que suplementava o orçamento da Câmara em R$ 6,7 milhões.
Por certo, o nobre economista, queria que, Felipe Wellaton (PV), aplaudisse a atitude do prefeito da capital, principalmente pelo fato, da suplementação ter sido liberada dois dias após a não abertura da (CPI).
Principalmente pelo fato, desses recursos terem sidos tirados, de áreas pontuais como: informática da vice-prefeitura, e das secretarias de Assistência Social e Desenvolvimento Humano, de Planejamento, Obras Públicas e de Gestão, fundos municipais de Habitação Geração de Emprego e Renda e Fundo de Apoio ao Deficiente.
Não conheço o nobre vereador Filipe Wellaton (PV), porém, não poderia fazer papel de Pôncio Pilatos, que, mesmo sabendo da inocência de Jesus, cedeu à pressão do povo, lavou as mãos, e mandou crucificá-lo.
Pare o mundo, quero descer!
* Licio Antonio Malheiros é geógrafo.
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