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Artigos Quarta-feira, 07 de Junho de 2023, 17:45 - A | A

Quarta-feira, 07 de Junho de 2023, 17h:45 - A | A

Edina Araújo*

Parido por uma mulher ou por uma vaca?

por Edina Araújo*

No cenário político recente, temos presenciado diversas manifestações que refletem a falta de sensibilidade e o desrespeito de alguns representantes eleitos, para com questões fundamentais da sociedade. Infelizmente, mais um episódio deplorável ocorreu em Mato Grosso, quando um deputado estadual bolsonarista, que não merece ter seu nome sequer citado, fez uma comparação inaceitável, equiparando uma mulher a uma vaca. Tal declaração revela não apenas a falta de noção do parlamentar, mas também perpetua estereótipos prejudiciais e reforça a desigualdade de gênero.

Em Mato Grosso, 51% do eleitorado é feminino, talvez por ignorância ou falta de noção mesmo, querendo se aparecer, o deputado esqueceu que foi parido por uma mulher e não por uma vaca, e se expôs ao ridículo querendo se aparecer. Se não bastasse isso, colocou a própria esposa em uma situação vexatória, expondo em vídeo a esposa mugindo. Lamentável, a sociedade pagar um salário de mais de R$ 65 mil mensais, para uma pessoa tão desrespeitosa e despreparada, como este deputado estadual bolsonarista.

O que se espera, é que na Assembleia Legislativa, seus pares possam puni-lo com rigor e não passar “pano” para ele, até porque, este não aprende mais, passou da idade para isso.

Em uma sociedade que luta constantemente por igualdade e respeito, é essencial que aqueles que ocupam cargos públicos, sejam exemplos de conduta adequada. No entanto, ao comparar uma mulher com uma vaca, o deputado estadual demonstrou um profundo desrespeito e ignorância, sobre a importância do papel feminino na sociedade, além de evidenciar uma visão ultrapassada e machista.

Esse cidadão, ignora a realidade da contribuição das mulheres em todos os aspectos da vida, seja na esfera profissional, política, social ou familiar. Tal comparação desvaloriza e menospreza as mulheres, reforçando conceito ultrapassado e prejudicial que perpetuam a desigualdade de gênero.

É importante ressaltar que a igualdade de gênero não se trata de "competir" com homens, mas sim de garantir oportunidades justas e respeito mútuo. Mulheres têm habilidades, conhecimentos e experiências únicas a oferecer, e sua participação em cargos de liderança é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Diante desse episódio lamentável, é necessário que a sociedade se una em repúdio a declarações tão desrespeitosas e exija um posicionamento sério por parte das instituições competentes. É papel de todos nós promover uma cultura de respeito e igualdade, e não podemos permitir que comentários ofensivos e discriminatórios sejam normalizados ou aceitos.

Espera-se que os eleitores estejam atentos a tais manifestações e exijam uma postura ética e respeitosa de seus representantes políticos. É fundamental que os legisladores sejam sensibilizados sobre questões de gênero, participem de programas de conscientização e estejam comprometidos com a promoção da igualdade em todas as esferas da sociedade.

A luta pela igualdade de gênero é contínua e envolve todos nós. Devemos combater qualquer forma de discriminação e trabalhar juntos para construir um futuro no qual mulheres sejam respeitadas, valorizadas e tenham igualdade de oportunidades. A sociedade merece representantes comprometidos com valores inclusivos e respeitosos, capazes de contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária para todos.

*Edina Araújo, jornalista e diretora do VGNOTICIAS

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