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VGNJUR Terça-feira, 01 de Julho de 2025, 16:00 - A | A

Terça-feira, 01 de Julho de 2025, 16h:00 - A | A

Operação Curare

Justiça revoga restrições a ex-secretário após 4 anos sem conclusão de inquérito

Sem prazo para PF concluir inquérito, ex-secretário de Cuiabá tem restrições revogadas

Lucione Nazareth/VGNJur

O ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, teve medidas restritivas de liberdade revogadas pela Justiça Federal após quase quatro anos de investigação sem conclusão. Célio foi afastado do cargo em julho de 2021, durante a Operação Curare, que apura um esquema de fraude e desvio de recursos públicos destinados ao combate da pandemia de Covid-19.  

Na decisão assinada na última quinta-feira (27.06), o juiz federal Jeferson Schneider, da 5ª Vara em Mato Grosso, considerou que houve demora excessiva na investigação, o que tornou injustificável manter restrições como recolhimento de passaporte, obrigação de informar atividades à Justiça e proibição de contato com outros investigados.  

“Passados quase 4 anos desde a decretação das medidas cautelares de natureza pessoal impostas aos investigados, Célio Rodrigues da Silva, Liandro Ventura da Silva e Paulo Roberto de Souza Jamur, e das sucessivas prorrogações do prazo para conclusão do IPL n...., infere-se que o futuro das investigações ainda é incerto, impondo-se, portanto, a revogação das medidas cautelares diversas da prisão, diante da excepcional e injustificada demora na conclusão das investigações”, diz trecho da decisão, ao deferir pedido da defesa de Célio, patrocinada pelo advogado Ricardo Saldanha Spinelli.  

Apesar de Célio Rodrigues da Silva e outros investigados estarem em liberdade, os bens bloqueados na operação seguem indisponíveis, pois a Justiça entende que ainda existem indícios de crimes como corrupção, fraude em licitações e lavagem de dinheiro. 

A Polícia Federal terá 60 dias para concluir o inquérito e apresentar o relatório final à Justiça.  

Operação Curare

Segundo a Polícia Federal, a Operação Curare revelou uma suposta organização criminosa que fraudava contratações emergenciais para gerenciar leitos de UTI, plantões médicos, equipamentos e transporte de pacientes durante a pandemia.  

Empresas ligadas ao esquema simulavam concorrência e subcontratavam entre si, algumas funcionando apenas como fachada. O grupo chegou a receber mais de R$ 100 milhões da Prefeitura de Cuiabá entre 2019 e 2021.

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