A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal realizou, nesta quarta-feira (28.05), audiência pública para discutir os rumos do Plano Safra 2025/26. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi representado pelo secretário de Política Agrícola, Guilherme Campos.
Durante a sessão, Campos destacou que a construção do novo plano depende da articulação entre o Congresso, por meio da CRA, da Comissão de Agricultura da Câmara e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), além do setor privado. Segundo ele, o principal desafio está em equilibrar o volume de recursos com a taxa de subvenção. “É um trabalho de ajuste fino para que o plano seja robusto e responsável”, afirmou.
O secretário também abordou a reformulação do Seguro Rural. Campos disse que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem se dedicado a desenvolver um modelo que responda às novas exigências do campo. A proposta leva em conta os riscos climáticos, que têm afetado com mais frequência a produção agrícola. “Precisamos de uma nova definição para o seguro rural”, reforçou.
Representantes do setor produtivo também apresentaram suas propostas. O Sistema OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) elencou prioridades divididas em três eixos estruturantes, incluindo a gestão de riscos. Já a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) reiterou a necessidade de um plano mais robusto, com foco na ampliação do crédito e da segurança para o produtor.
O Ministério da Fazenda, por meio do subsecretário Gilson Bittencourt, apresentou um balanço do plano atual. De julho de 2023 a abril deste ano, o crédito rural teve aumento nas contratações. O Pronaf (voltado à agricultura familiar) cresceu 5%, enquanto o Pronamp (para médios produtores) avançou 13%. Já o crédito com taxas livres registrou queda.
O novo Plano Safra será lançado no fim de junho. Entre os temas em discussão estão a equalização de juros, o seguro rural e a ampliação da capacidade de armazenagem no campo.
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