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VGN AGRO Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 16:57 - A | A

Quarta-feira, 27 de Novembro de 2024, 16h:57 - A | A

em mato grosso

Alta nos preços da carne bovina preocupa consumidores e pode subir ainda mais até o fim do ano

O movimento de alta começou em setembro e, desde então, intensificou-se devido à forte demanda tanto no mercado interno quanto no internacional

Redação/VGN

Não é de hoje que os mato-grossenses têm sentido o impacto da alta nos preços da carne bovina. A cada ida ao açougue, o consumidor é surpreendido com reajustes que refletem diretamente no orçamento familiar.

Os dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam que a carcaça casada atingiu R$ 22,64/kg em novembro, marcando o maior valor da série histórica. O movimento de alta começou em setembro e, desde então, intensificou-se devido à forte demanda tanto no mercado interno quanto no internacional.

Em 2024, o Brasil atingiu um recorde no volume exportado de carne bovina, somando 2,86 milhões de toneladas até outubro. Este cenário, impulsionado pela valorização do dólar e pela competitividade da proteína brasileira no mercado externo, pressionou a oferta no mercado doméstico.

O reflexo dessa conjuntura em Mato Grosso foi sentido de forma contundente. Enquanto a arroba do boi gordo no estado valorizou 13,70% em novembro comparado ao mês anterior, a carcaça casada registrou um salto de 32,41% no mesmo período.

Para a dona de casa Ana Bezerra, de Cuiabá, comprar carne tem se tornado um desafio. “Antigamente, a gente conseguia fazer churrasco no fim de semana, mas agora virou quase luxo. Até os cortes mais simples, como 'coxão duro' e 'ponta de peito' estão caros", desabafa ela.

Além do encarecimento dos produtos, a diferença entre os preços do boi gordo e da carne no atacado também diminuiu. Segundo o IMEA, essa diferença caiu para 9,99%, indicando que as indústrias estão repassando os custos ao consumidor final.

A tendência é de que os preços se mantenham elevados, com possibilidade de novas altas devido à maior procura característica do período de festas. “Com o aumento do poder aquisitivo da população e as confraternizações de fim de ano, o consumo de carne bovina deve continuar aquecido”, aponta o relatório do IMEA.

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