A Cooperativa do Paraná se envolve em polêmica após negar a liberação de funcionários para o velório dos oito colegas mortos na explosão ocorrida em um silo na quarta-feira (26.07). A decisão gerou indignação entre os trabalhadores e suas famílias, levando o caso à Justiça.
Após a tragédia que resultou na morte de sete haitianos e um brasileiro, e deixaram doze pessoas feridas, gestores da cooperativa se recusaram a permitir que os colaboradores prestassem a última homenagem aos colegas. A situação chegou a ser judicializada e somente através de uma liminar, os funcionários foram liberados para participar do velório.
Os velórios das vítimas acontecerão em datas distintas. Os haitianos serão velados em conjunto no Ginásio de Esportes da Cooperativa nesta sexta-feira (28.07), com a presença da comunidade haitiana que reside em Palotina. Já o brasileiro será velado em uma capela particular.
A decisão da Justiça do Trabalho, que obrigou a cooperativa a liberar os funcionários para prestarem suas últimas homenagens aos colegas vitimados pelo trágico acidente, foi baseada no entendimento de que a cooperativa violou os princípios mais básicos dos direitos humanos ao impedir tais homenagens.
“Ao impedir as últimas homenagens de seus funcionários aos colegas de trabalho vitimados pelo terrível acidente, em virtude da manutenção do integral funcionamento de sua cadeia produtiva, a cooperativa viola os mais basilares princípios do direito humano”, consta da decisão.
Caso a cooperativa insista em desobedecer à determinação judicial, ela enfrentará sérias consequências financeiras, sendo multada em R$ 20 mil por funcionário impedido de comparecer aos velórios.
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