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Variedades Quinta-feira, 07 de Janeiro de 2021, 15:00 - A | A

Quinta-feira, 07 de Janeiro de 2021, 15h:00 - A | A

Vacina no Brasil

CoronaVac tem eficácia de 78% em testes feitos no Brasil

G1 SP

O Governo de São Paulo informou nesta quinta-feira (07.01) que a CoronaVac registrou 78% de eficácia nos testes clínicos feitos no Brasil. A vacina contra a Covid-19 é desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Ainda de acordo com o Governo, a vacina garantiu a proteção total (100%) contra mortes, casos graves e internações nos voluntários vacinados que foram contaminados.

Os detalhes serão apresentados em coletiva de imprensa às 12h45.

O estudo conclusivo mede a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos casos confirmados ocorreram nos voluntários que receberam placebo e quantos naqueles que tomaram a vacina.

Com o resultado, o Butantan deve enviar ainda nesta quinta à Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de autorização para o uso emergencial e o registro definitivo da vacina no país. A expectativa é a de que os dados sejam analisados em até dez dias.

Testes - No Brasil, a vacina foi testada em 16 centros de pesquisas, em sete estados e no Distrito Federal. Treze mil voluntários brasileiros participaram dos testes, que começaram em julho de 2020.

Adiamentos - Os resultados deveriam ter sido divulgados no dia 23 de dezembro, mas foram adiados pela segunda vez pelo governo paulista.

Antes, a previsão era de que eles fossem conhecidos no dia 15 daquele mês. Na ocasião, o governo afirmou que por questões de sigilos contratuais, o governo paulista não poderia antecipar quais foram os índices obtidos no Brasil.

Na ocasião, o secretário da Saúde afirmou apenas que o índice não havia chegado a 90%.

Eficácia - Na prática, se uma vacina tem 78% de eficácia, isso significa dizer que 78% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença. A taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e também pela Anvisa é de 50%.

No final do ano passado, a Turquia informou publicamente ter chegado ao percentual de 91,25% de eficácia da CoronaVac em testes preliminares feitos com 1,3 mil voluntários.

A CoronaVac usa vírus inativados. Esta técnica utiliza vírus que foram expostos em laboratório a calor e produtos químicos para não serem capazes de se reproduzir.

Análise - Em entrevista ao G1, a microbiologista Natália Pasternak disse considerar o índice "excelente". Ela explica que já era esperado que a CoronaVac tivesse uma eficácia menor que as outras vacinas - porque ela é uma vacina de vírus inativado; já as da Pfizer e da Moderna usam a tecnologia de RNA mensageiro.

"É completamente esperado. Uma vacina de vírus inativado dificilmente vai ter a mesma eficácia do que vacinas de RNA ou vacinas de adenovírus [vetor viral], que conseguem entrar na célula e imitar, de uma forma muito mais efetiva, a infecção natural. Elas acabam provocando uma resposta imune que é tanto de anticorpos como de resposta celular", explica.

"A vacina inativada não consegue provocar uma resposta tão completa. É esperado que ela tenha uma eficácia menor. A eficácia de 78% da CoronaVac, ao que tudo indica, é uma eficácia excelente e compatível com uma vacina de vírus inativado. Com uma boa campanha, vai ser uma ótima vacina para o Brasil", afirma.

A vice-presidente do Instituto Sabin de Vacinas, Denise Garrett, explica que o vírus inativado induz uma resposta imune para todo o vírus - e não só para a proteína S, que é a que ele usa para entrar na célula.

"Você tem a produção de anticorpos para todas as proteínas na superfície do vírus. É como se diluísse a resposta imune - para isso, eles usam adjuvantes, nesse caso, o alumínio", afirma. Os adjuvantes servem para reforçar a indução da resposta imune gerada pela vacina.

Plano estadual de vacinação - Nesta quarta (6), o governador João Doria (PSDB) se reuniu com com prefeitos do estado para tratar do plano estadual de imunização e informou que a vacinação irá ocorrer a partir do dia 25 de janeiro, de segunda a sexta, das 7h às 22h, e de 7h às 17h aos sábados, domingos e feriados.

Contudo, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou em pronunciamento em rede nacional que a Coronavac será incorporada ao calendário nacional de vacinação.

 

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