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Política Sexta-feira, 17 de Maio de 2013, 11:24 - A | A

Sexta-feira, 17 de Maio de 2013, 11h:24 - A | A

Taques “vira casaca” e tece elogios a Renan Calheiros pelo trabalho desenvolvido à frente do Senado

Taques elogiou a forma que Renan vem conduzindo os trabalhos no Senado, que segundo o pedetista, com decência e com espírito republicano.

por Lucione Nazareth/VG Notícias

Após pouco mais de 100 dias da eleição da presidência do Senado, o senador mato-grossense Pedro Taques (PDT) virou a “casaca” no Congresso Nacional e esqueceu as críticas e os crimes cometidos pelo presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e teceu elogios ao peemedebista no plenário do Senado Federal.

Durante a votação do projeto de lei de conversão à MP 595/2012, com novas regras para os portos brasileiros nesta quinta-feira (16.05), Taques elogiou a forma que Renan vem conduzindo os trabalhos no Senado, que segundo o pedetista, com decência e com espírito republicano.

“Vossa excelência vem conduzindo esta Casa com decência e com espírito republicano” declarou o senador mato-grossense.

Pedro Taques concorreu em fevereiro pela presidência do Senado e perdeu o pleito para Renan Calheiros por 58 votos a 18. Na época com um discurso derrotista Taques disse que perdia com cabeça erguida e de forma indireta “alfinetou” Calheiros dizendo que não temia o passado e por isso não tinha medo do futuro.

“Eu não temo o próprio passado e, portanto, eu não tenho medo do meu futuro” disse o pedetista na época. A frase tem relação aos processos no Supremo Tribunal Federal (STF) o qual Renan responde, por estelionato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos, que foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República. Renan renunciou ao posto de presidente do Senado sob suspeita de corrupção, em 2007.

Os elogios desta quinta-feira, feitos por Taques, mostram uma mudança de discurso do senador, que as vésperas da eleição da Presidência da Casa, disse que o Senado não poderia ter um presidente “ficha suja” e que seria inadmissível uma pessoa que respondia a tantos processos presidir uma Casa como o Senado Federal.

Os ataques que viraram elogios demonstram uma incoerência por parte do senador que pretende em 2014 a concorrer ao Palácio Paiaguás e ser o próximo governador do Estado.

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