O governador Pedro Taques (PSDB), durante entrevista à imprensa nessa sexta-feira (21.07), voltou a negar qualquer participação nos casos dos grampos telefônicos ilegais, e que as escutais não foram usados para favorecer sua campanha nas eleições de 2014.
“Por parte de mim não! Eu não mandei fazer e não pedi para ninguém fazer! Mas, tudo está sendo investigado”, enfatizou o governador.
O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou na semana passada o ex-comandante-geral da PM, coronel Zaqueu Barbosa, como o líder da organização criminosa que teria efetuado as escutas ilegais. Também foram denunciados pela participação no esquema, coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco (chefe afastado da Casa Militar); tenente-coronel Ronelson Barros (secretário-adjunto afastado da Casa Militar); o coronel Januário Batista e o cabo Gerson Correa Junior.
Sobre a denúncia contra os militares, inclusivamente relacionado aqueles que ocupam cargo em seu governo, Taques afirmou que já foi comunicado e que será realizado uma reunião para decidir o “futuro deles” perante aos cargos comissionados que ocupam na administração estadual.
“Tem a ação penal, na ação penal não significa condenação, eles vão ter direito à ampla defesa, em relação ao Lesco, eu recebi a mensagem ontem, vamos tomar essa decisão hoje!” garantiu o governador.
Vale lembrar que as supostas escutas ilegais teriam sido realizadas por um grupo de militares e consistia basicamente em pedir à Justiça quebra de sigilos telefônicos argumentando a investigação de crimes. Os militares teriam grampeado ilegalmente jornalistas, advogados, médicos, e políticos.
A denúncia levou a prisão do ex-comandante da PM, coronel reformado Zaqueu Barbosa, e do cabo Gerson Luiz Correia Júnior, suspeitos de comandarem o esquema.
Além deles, ainda foram apreendidos por envolvimento no esquema o secretário-chefe afastado da Casa Militar, Evandro Lesco; o adjunto da pasta, Ronelson Jorge Barros, e o tenente-coronel Januário Batista, entre outros militares.
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