Reprodução/Senado Federal
Emocionada, a senadora cassada de Mato Grosso, Selma Arruda (PSL) proferiu seu primeiro discurso no Senado Federal após a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por sua cassação.
Selma descreveu sua trajetória como advogada e magistrada em Cuiabá, e afirmou que nunca teve uma vida fácil. Segundo ela, na 7° Vara Criminal foi responsável por decisões que atingiram pessoas intocáveis e as colocou onde não deveriam ter saído, da cadeia.
A ex-juíza também afirmou que sabia que teria que pagar pelo que fez a essas pessoas, mas garantiu que estava tranquila. “Votei no dia da eleição e fui para casa descansar, eu estava cansada, andei de caminhonete flex a campanha toda. Não tinha avião”, comentou.
Arruda disse ainda que foi acusada mesmo gastando dinheiro do 1° suplente, Gilberto Possamai, pagando dívidas da pré-campanha com cheque nominal. “Isso em Mato Grosso se chama caixa 2, mesmo eu não atingindo o teto de gastos”.
E acrescentou: “Para eles eu sou rica. Sou rica em intenções de mudar esse país. Tenho uma casa financiada pela Caixa Econômica Federal que ainda não terminei de pagar. Isso dói, talvez nenhum candidato foi investigado nos gastos de pré-campanha, julgado nos gastos de pré-campanha”.
E garantiu: “Eu agi de forma independente desde o dia que eu decidi largar o Judiciário. Sai da coligação, porque pessoas da coligação não tinham lisura e hoje respondem a processos. Eu não me sujei até hoje”.
A ex-juíza finalizou o discurso afirmando que confia no julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Estou fazendo um desabafo. Confio que aqui vamos ter um julgamento menos isento, aqui vou limpar minha dignidade e meu nome, que é o que eu tenho. Não vou permitir que uns e outros digam que eu tenho que usar tornozeleira. Senadores, não queiram estar no meu lugar, mas se estiverem, vou dar todo o meu apoio”.
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