A empresa CS MOBI, responsável pelo estacionamento rotativo em Cuiabá, virou alvo de duras críticas na Câmara Municipal nesta quinta-feira (26.06). Os vereadores repudiaram a representação protocolada pela empresa no Tribunal de Contas do Estado (TCE), que tenta impedir o prefeito Abilio Brunini (PL) de fazer declarações públicas sobre a possibilidade de rompimento do contrato firmado na gestão passada.
Para o vereador Ilde Taques (PSB), os pedidos da empresa são "absurdos". Ele destacou que a CS MOBI quer receber R$ 650 mil por mês, valor que ainda está sob análise da Prefeitura por possível falta de amparo legal. Além disso, criticou a intenção da empresa de aumentar as tarifas e cobrar dos motoristas mesmo em casos de roubo ou dano aos veículos nas vias públicas.
“Eles querem tirar do bolso do cuiabano, que muitas vezes nem tem seguro. Agora ainda querem censurar o prefeito por falar desse contrato absurdo”, afirmou Ilde.
O parlamentar também relembrou um requerimento apresentado pedindo informações sobre multas aplicadas em 2024, cronograma de investimentos e cópia do projeto executivo da empresa — documentos que, segundo ele, ainda não foram entregues. “Estão rindo da nossa cara”, completou, cobrando mais empenho da CPI instalada na Câmara.
Já o líder do prefeito no Legislativo, vereador Dilemário Alencar (União) classificou a ação da empresa no TCE como um “desatino” e um ataque à liberdade de expressão. Para ele, está claro que o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), responsável pelo contrato com a CS MOBI, “está junto com a empresa”.
Dilemário defendeu a convocação de Emanuel à CPI para explicar por que firmou um acordo milionário para a cobrança do estacionamento rotativo, além de lembrar que foi o ex-prefeito quem propôs a anulação da lei que concedia isenção ilimitada a idosos e pessoas com deficiência.
A vereadora Baixinha Giraldelli (Solidariedade) também criticou duramente o contrato. “É uma vergonha o que estão fazendo com a população. Estão metendo a mão com essas multas. Essa obra que dizem que vão fazer daria para levantar cinco mercados municipais”, afirmou.
Ainda segundo ela, a vontade do prefeito Abilio é cancelar o contrato, mas a multa prevista seria milionária. “Precisamos saber quem está por trás dessa empresa.”
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