Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI do Paletó) que investiga o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por suposta quebra de decoro e obstrução da Justiçam, não estão conseguindo encontrar o ex-deputado José Riva para depor no próximo dia 03 de junho.
A expectativa é que Riva possa falar sobre as declarações de Silval Barbosa (prestado na CPI do Paletó) sobre o suposto esquema de pagamento de “mensalinho” aos deputados estaduais na época em que Emanuel Pinheiro era deputado.
Porém, na sessão desta quarta-feira (27.05) da CPI, o presidente da Comissão, Marcelo Bussiki, afirmou que está tendo dificuldades em notificar Riva. “Estamos tentando notificá-lo. Já fomos seis vezes na casa dele, inclusive na data de ontem ficou agendado o horário após idas e vindas, e novamente não conseguimos citar ele para vim na data do dia 03. Vamos continuar em busca da citação para que venha aqui”.
O relator da CPI, vereador Toninho de Souza (PSD) também relatou a dificuldade na busca de documentos sobre as investigações dos supostos pagamentos de propinas efetuados por Silval. “Estamos na estaca zero de documentação. Esperamos que nestes 42 dias que ainda restam da CPI os órgãos que investigam os fatos apurados pela Comissão possam repassar os documentos”.
Irmão do prefeito - O empresário Marco Polo Pinheiro - o Popô, irmão do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não compareceu à sessão desta quarta (27) da Comissão Parlamentar de Inquérito.
A defesa dele, patrocinada pelo advogado Francisco Faiad, protocolou documento junto ao presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (DEM), informando que o empresário não compareceria embasada no artigo 206 do Código de Processo Penal, o qual exime a testemunha de depor caso tenha grau de parentesco. Além disso, alegou que o depoimento não acrescentaria em nada nas investigações.
“A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias”, diz o referido artigo.
Na sessão, o vereador Felipe Wellaton (PV), apresentou requerimento para que Bárbara Noronha de Freitas Pinheiro (esposa de Popó), sócia da empresa Mark Instituto de Pesquisa, Retorno Telemarketing para que ela venha então explicar sobre a dívida de Silval Barbosa com a empresa relacionada as pesquisas eleitorais. A defesa de Emanuel Pinheiro alega que o dinheiro recebido pelo prefeito que foi gravado por Sílvio Cesar Correa seria oriundo de dívida com o ex-gestor com a Mark sobre pesquisas eleitorais.
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