Começa nesta segunda-feira (17.02) por tempo indeterminado, a greve dos professores da rede municipal. A paralisação provoca o adiamento do ano letivo, o que irá prejudicar aproximadamente 23 mil alunos da rede municipal de ensino.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Várzea Grande (Sintep/VG), a categoria decidiu no último dia 11, em assembleia geral, entrar em greve para cobrar a aprovação imediata da reestruturação do Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS) e também a atualização do piso salarial nacional, que desde 2012 não sofre um reajuste.
“A atual administração não vem mostrando interesse em resolver o problema dos profissionais da Educação e a greve é a melhor forma de lutarmos pelos nossos direitos. Aqui em Várzea Grande não tem outra saída, além da greve. Só vamos conseguir nossos direitos se lutarmos, e a greve é a única forma de conseguimos isso”, declarou Gilmar.
A categoria promete realizar na próxima semana atos de protestos no município, sendo um na terça-feira (18.02) no Centro da cidade com uma passeata e outra na quinta-feira (20.02) em frente à Prefeitura. Na quarta (19.02), os profissionais pretendem acompanhar a sessão plenária da Câmara de Vereadores.
“Nessa sessão ficou acertado que os vereadores devem votar o novo PCCS da categoria, mas só que esse projeto foi encaminhado ao Legislativo sem o conhecimento da categoria. Os vereadores podem votar uma matéria que nós, os mais interessados, não temos o conhecimento do que se trata e o que foi alterado em relação ao PCCS. Queremos discutir esse projeto antes que ele seja apreciado. Mas uma vez o secretário Jonas enviou a matéria sem discutir com a categoria”, disse o presidente do Sintep/VG.
PCCS da Categoria - De acordo com Sintep/VG, o novo PCCS já foi discutido entre a administração municipal por diversas vezes, porém, ainda de forma inexplicável o secretário de Educação, Jonas Sebastião, não enviou a proposta para o Sindicato avaliar se está de acordo com a reivindicação da categoria.
Em dezembro passado, Jonas enviou o projeto direto para a Casa de Leis, para votação. No entanto, segundo o Sintep/VG, a proposta foi enviada com erros e sem nenhuma mudança que atendia os interesses da categoria. Na ocasião, os parlamentares não apreciaram a matéria devido aos protestos dos profissionais que lotaram o plenarinho da Câmara.
Vale lembrar que o prefeito Walace Guimarães (PMDB) e o secretário de Educação, Jonas Sebastião, prometeram à categoria que até o dia 30 de novembro do ano passado, o Plano de Cargos, Carreiras e Salários seria enviado a Câmara Municipal, tendo a sua aprovação ainda em 2013. Porém, isso não ocorreu.
Reivindicações – Os profissionais cobram do Poder Executivo municipal, além da reestruturação do PCCS, o pagamento do 13° salário e o reajuste do piso salarial.
O reajuste salarial do piso, segundo o Sintep/VG, não é realizado aos profissionais desde 2012. Conforme o Sindicato, o piso é de R$ 906,00 sendo que este ano o Ministério da Educação (MEC) concedeu um reajuste de 8,32%, no piso da categoria passando de R$ 1.567,00 em 2013 para R$ 1.697,00 em 2014.
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